Sobrevivente de aborto testemunha no Congresso dos EUA: “Quando começam meus direitos?”

“Era para eu ter nascido morta, em vez disso eu sobrevivi”, disse Melissa Ohden que foi exposta a uma solução salina tóxica por cinco dias.

Fonte: Guiame, com informações de CBN News e Life NewsAtualizado: quarta-feira, 23 de junho de 2021 às 13:18
Melissa Ohden, sobrevivente de um aborto, vai ao Congresso protestar contra a Lei de Proteção à Saúde da Mulher. (Foto: Reprodução/YouTube)
Melissa Ohden, sobrevivente de um aborto, vai ao Congresso protestar contra a Lei de Proteção à Saúde da Mulher. (Foto: Reprodução/YouTube)

Melissa Ohden é uma palestrante pró-vida, escritora e defensora da Rede de Sobreviventes do Aborto, fundada por ela em 2012, a fim de conscientizar a sociedade sobre a realidade do aborto.

Na semana passada, ela testemunhou no Capitólio, contra a “Lei de Proteção à Saúde da Mulher”. O projeto que permitiria o aborto até o nascimento, usaria o dinheiro dos contribuintes e removeria as restrições ao aborto mesmo depois que o feto fosse considerado viável.

Sendo Melissa uma sobrevivente ao aborto, agora quer usar seu testemunho em favor de milhares de vidas que podem ser interrompidas através do que ela chama de “destruição intencional de vidas humanas inocentes”.

Melissa Ohden
Melissa Ohden (Foto: Arquivo pessoal)

Melissa é um verdadeiro milagre

Seu poderoso testemunho já foi compartilhado em vários veículos de comunicação. “Eu deveria ter nascido morta”, disse à BBC antes de contar sua história. “Em vez disso, eu nasci viva”. 

Depois que a mãe biológica de 19 anos, Ruth, teve um um aborto por infusão de solução salina, provocado pela própria mãe que era enfermeira, elas tiveram uma surpresa. Melissa não morreu como elas previam.

“Fiquei naquela solução salina tóxica por cinco dias e, quando finalmente fui expulsa do útero, minha chegada a este mundo não foi tanto um nascimento, mas um acidente”, relatou. 

“Minha avó exigiu que eu fosse deixada para morrer. E não era um pedido incomum, muitos bebês eram colocados no armário de utilidades ou no lixo hospitalar até a morte”, contou. Mas no caso de Melissa, uma enfermeira a ouviu chorando e decidiu levá-la para a UTI neonatal, de um dos hospitais em Lowa, EUA.

Sobreviventes do aborto

Segundo a escritora, existem muitos sobreviventes ao aborto. Por meio de sua rede, se conectou a 384 deles, de várias idades. “Somos uma verdade inconveniente para a conversa sobre o aborto”, disse.

Melissa faz com que as pessoas reflitam sobre os direitos à autonomia corporal. “Quando começam meus direitos? Esse assunto é perturbador, o fato de eu ter direito ao aborto, mas não ter direito de viver”, ressaltou. 

Ao lado de Catherine Glenn Foster, Melissa encontra apoio no Congresso. “Aborto é violência e eu senti isso”, disse Catherine. Embora ela tenha estado do outro lado, tendo realizado um aborto, testemunhou sobre a falta de proteções básicas para a comunidade.

“Eu atravessei as portas da clínica de aborto porque pensei que estava sem opções. Depois de tomar um comprimido, fui levada a uma sala onde me deitei sobre uma mesa e eles começaram a fazer um ultrassom”, lembrou.

Catherine pediu para ver o rosto do filho antes do aborto, mas foi informada sobre a política da clínica que proibia essa prática. “Nós sabemos o motivo, é porque mudamos de ideia quando vemos a imagem do nosso filho na tela”, comentou.

“As histórias mudam as mentes das pessoas”

Agora, Catherine e Melissa esperam que suas histórias tenham o poder de mudar as mentes das pessoas. No dia 16 de junho, o Subcomitê de Constituição do Senado Judiciário realizou uma audiência sobre a Lei de Proteção à Saúde da Mulher (WHPA). 

As duas testemunhas pró-vida, Melissa e Catherine, que é predidente CEO da Americans United for Life, compartilharam suas histórias pessoais com o objetivo de desafiar essa lei que facilita e colabora para a prática do aborto.

Melissa Ohden encorajou os presentes a fazer uma reflexão sobre a Lei de Proteção à Saúde da Mulher. “Não se trata de saúde de forma alguma, se trata do aborto. O projeto de lei é radical porque desconsidera a humanidade do nascituro e qualquer tipo de proteção para as mulheres”, observou. 

Ela também citou sobre a remoção da Emenda Hyde pelo governo Biden, que proibia o financiamento do aborto pelos contribuintes do orçamento federal. 

“Não mudamos como povo, mas este governo mudou. Acho que se você perguntar à maioria das pessoas, independente do que pensem sobre o aborto, elas dirão que não querem que os fundos dos contribuintes sejam usados ​​para isso”, concluiu.

Atualmente, Melissa garante que é “uma das pessoas mais sortudas do mundo”, por ter sobrevivido, pelo amor dos pais adotivos e por ter tido a chance de reencontrar sua mãe biológica e perdoá-la. 

 Assista o vídeo (em inglês):

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