Andreia Pinheiro Paulo é cristã,  Formada em Direito e Letras; Policial Civil no Estado de São Paulo; Professora de Letramento e Literatura; Colaboradora da plataforma UNOVA, com três cursos publicados:  Homeschooling - Educação Cristã; Os temperamentos

Andreia Pinheiro Paulo

&ldquo;Tempos dif&iacute;ceis geram homens fortes, e homens fortes geram tempos f&aacute;ceis. E tempos f&aacute;ceis geram homens fracos&rdquo;
Cresci ouvindo hist&oacute;rias das minhas bisav&oacute;s, a materna teve 12 filhos, enquanto a paterna 8 filhos. A gente sempre acaba ouvindo como era uma &eacute;poca mais dif&iacute;cil, quando se lavava roupa na beira do rio, quando n&atilde;o existiam fraldas descart&aacute;veis e nenhum tipo de facilidade ou comodidade como a gente v&ecirc; atualmente; nada de fast food ou comidas prontas. Eu olho pro passado e penso em todos os desafios que essas mulheres enfrentavam e penso: Como a coisa desandou tanto?
A onda crescente do feminismo e toda essa visibilidade exacerbada que a humanidade tem dado para as coisas materiais, meio que nos neutralizou para as coisas com valor de eternidade. A nossa sociedade vive uma crise de identidade, as pessoas n&atilde;o sabem mais o que s&atilde;o nem para onde est&atilde;o indo. Essa crise &eacute; um importante sintoma de orfandade. Uma gera&ccedil;&atilde;o cada vez mais &oacute;rf&atilde; de fam&iacute;lia.
Isso porque no nosso s&eacute;culo tudo &eacute; mais importante que gerar filhos, e todo sacrif&iacute;cio &eacute; validado e encarado com muito respeito e reconhecimento pelos demais quando o assunto &eacute; ter um corpo perfeito, uma carreira de sucesso, e dinheiro. Mas os sacrif&iacute;cios realizados em prol de &ldquo;gente&rdquo;, em prol da forma&ccedil;&atilde;o da pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o, feitos em nome da maternidade, s&atilde;o vistos sempre como um sinal de fraqueza e submiss&atilde;o. E a m&atilde;e, como o ser mais injusti&ccedil;ado da terra. Esse pensamento tem um vi&eacute;s maligno.
As m&atilde;es trabalham pelo futuro, somos respons&aacute;veis pela forma&ccedil;&atilde;o de GENTE, n&atilde;o flores, n&atilde;o animais, s&atilde;o outros seres humanos. As pessoas est&atilde;o desesperadas protegendo matas e animais, quando, se elas dedicassem tempo na forma&ccedil;&atilde;o de pessoas educadas e conscientes, ent&atilde;o todas as coisas seriam naturalmente preservadas.
Isso tinha que nos trazer esperan&ccedil;a e, principalmente, acender o senso de dever em n&oacute;s por uma gera&ccedil;&atilde;o melhor. N&oacute;s, m&atilde;es, somos lar quando engravidamos, somos alimento quando amamentamos. N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel que n&atilde;o se veja a grandeza que existe dentro de uma mulher quando ela se torna m&atilde;e, transformando-se em uma leoa na defesa de um filho.
S&atilde;o admir&aacute;veis todas as formas e faces que uma m&atilde;e pode assumir por um filho.
Voc&ecirc; j&aacute; acompanhou um soldado bem de perto? Olhe para uma m&atilde;e com seu filho doente, ela &eacute; incans&aacute;vel, ela est&aacute; sempre pronta, sempre atenta, sempre disposta. Observar momentos como esses &eacute; quase uma experi&ecirc;ncia divina, porque quando a situa&ccedil;&atilde;o passa voc&ecirc; n&atilde;o sabe muito bem de onde tirou for&ccedil;a ou disposi&ccedil;&atilde;o, &eacute; como se voc&ecirc; fosse revestida ou capacitada para aquilo.
Agora, &agrave; luz da B&iacute;blia, veja: qual promessa Deus fez a Abra&atilde;o? Um filho. Rebeca, nora de Abra&atilde;o, era est&eacute;ril e pediu a Deus por ...? Filhos.
O legado de Jac&oacute;, filho de Isaque, foi seus filhos; as tribos de Israel foram formadas a partir da fam&iacute;lia de Jac&oacute;.
A m&atilde;e de Sans&atilde;o era est&eacute;ril e pedia a Deus por filhos; assim como Ana, m&atilde;e de Samuel; e Isabel, m&atilde;e de Jo&atilde;o Batista, e tantas outras.
A conclus&atilde;o que chegamos &eacute; que as gera&ccedil;&otilde;es passadas consideravam uma maldi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o poder gerar um filho. J&aacute; pra nossa gera&ccedil;&atilde;o, a maldi&ccedil;&atilde;o &eacute; ger&aacute;-los. S&oacute; que Deus quando quis manifestar seu amor &agrave; humanidade, enviou seu &uacute;nico Filho a n&oacute;s.
Ele deu seu Filho, para falar de amor, ensinar amor. Ele deu seu filho.
J&aacute; que &eacute; pra nos esfor&ccedil;armos, que o fa&ccedil;amos por coisas que valham a pena. Que n&oacute;s possamos manter nossos olhos fixos no que de fato importa e possui valor transcendente.
N&atilde;o ajunteis tesouros na terra, onde a tra&ccedil;a e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladr&otilde;es minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no c&eacute;u, onde nem a tra&ccedil;a nem a ferrugem consomem, e onde os ladr&otilde;es n&atilde;o minam nem roubam. (Mateus 6:19,20)
Andreia Pinheiro Paulo &eacute; crist&atilde;, formada em Direito e Letras; Policial Civil no Estado de S&atilde;o Paulo; Professora de Letramento e Literatura; Colaboradora da plataforma UNOVA, com tr&ecirc;s cursos publicados: &ldquo;Homeschooling &ndash; Educa&ccedil;&atilde;o Crist&atilde;&rdquo;; &ldquo;Os Temperamentos Humanos&rdquo; e &ldquo;As Principais Etapas da Alfabetiza&ccedil;&atilde;o Infantil&rdquo;. M&atilde;e de tr&ecirc;s meninas e casada com o Policial Civil Leandro Paulo.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/andreia-pinheiro-pereira/licao-da-bela-adormecida.html">A Li&ccedil;&atilde;o da Bela Adormecida</a>
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A nossa sociedade vive uma crise de identidade, as pessoas não sabem mais o que são nem para onde estão indo.

Uma geração cada vez mais órfã de família

Muitas pessoas, mais especificamente as meninas, cresceram ouvindo a hist&oacute;ria da Bela Adormecida. Essa princesa, que ao nascer na sua primeira festa de anivers&aacute;rio, seus pais esqueceram-se de uma convidada. Esta, muito contrariada com a desfeita, amaldi&ccedil;oou a princesa que at&eacute; seu 16&deg; anivers&aacute;rio espetaria seu dedo em uma agulha de fiar entrando num estado de sono profundo. Isso n&atilde;o significava a sua morte, apenas uma condi&ccedil;&atilde;o de apatia, de letargia diante da vida. E a &uacute;nica coisa capaz de despert&aacute;-la desse sono intenso seria um beijo de amor verdadeiro.
Existe uma simbologia nesta hist&oacute;ria que gostaria de dividir com voc&ecirc;s. H&aacute; um per&iacute;odo na vida em que n&oacute;s passamos, o qual denominei de &ldquo;a fase da Bela Adormecida&rdquo;. N&atilde;o &eacute; uma regra, mas comecei a observar que &eacute; justamente na fase entre 16 a 25 anos. E n&atilde;o estou fazendo refer&ecirc;ncia &agrave; doen&ccedil;a de Kleine-Levin, mas sim denominando um per&iacute;odo espec&iacute;fico da vida de um indiv&iacute;duo, onde ele possui consci&ecirc;ncia do &ldquo;certo ou errado&rdquo; do &ldquo;bem e do mal&rdquo;, por&eacute;m parece que na maioria do tempo &eacute; como se ele estivesse num estado let&aacute;rgico, de torpor diante da vida.
&Eacute; bem nessa fase, onde a bela adormecida cai num sono profundo que n&oacute;s podemos perceber, de modo simb&oacute;lico, a correspond&ecirc;ncia com muitos de n&oacute;s por essa fase de estar em determinados lugares na vida, mas n&atilde;o enxergando exatamente a situa&ccedil;&atilde;o real, a condi&ccedil;&atilde;o verdadeira que nos rodeia, &eacute; justamente nessa fase que muitas pessoas se envolvem em muitos problemas e tem dificuldades de determinar e decidir seu futuro porque &eacute; como se estivessem &ldquo;dormindo&rdquo; para a realidade da vida, dormindo para realidade dos fatos &eacute; como se uma s&eacute;rie de decis&otilde;es elas fossem sendo tomadas meio que ali no autom&aacute;tico, com base em muitas coisas superficiais e f&uacute;teis. At&eacute; que milagrosamente o amor verdadeiro nos chama a consci&ecirc;ncia da vida a realidade dos fatos, nos devolvendo a capacidade de enxergar de modo mais claro as coisas a nossa volta.
E sim, durante alguns anos ainda temos aquela sensa&ccedil;&atilde;o de: Como eu vim parar aqui? O que aconteceu? Onde estava com a cabe&ccedil;a quando escolhi determinado tipo de coisa? Como pude ter uma vis&atilde;o t&atilde;o distorcida das coisas. &Eacute; bem a sensa&ccedil;&atilde;o de algu&eacute;m que apesar de estar vivo passou anos dormindo sem se dar conta exatamente das coisas que estavam acontecendo bem debaixo do seu nariz.
Enquanto esposa e m&atilde;e de 4 crian&ccedil;as, me deparo com in&uacute;meros desafios cotidianas em que penso em minha m&atilde;e e minha av&oacute;, refletindo onde eu estava e o que estava fazendo quando elas passavam por esses mesmos desafios de m&atilde;e e esposa que vivo hoje. Penso por que n&atilde;o ajudei mais na din&acirc;mica familiar enquanto filha e neta e a resposta &eacute; a mesma: a s&iacute;ndrome da Bela Adormecida. Eu estava l&aacute;, mas n&atilde;o num estado consciente o suficiente para perceber algumas nuances da vida; era como se eu estivesse simplesmente dormindo. Eu via, mas n&atilde;o compreendia nada daquilo.
No entanto, o ponto fundamental de todo esse texto n&atilde;o &eacute; o sono let&aacute;rgico e essa condi&ccedil;&atilde;o tr&aacute;gica que acomete muitos de n&oacute;s enquanto seres humanos, mas justamente o ant&iacute;doto, aquilo que nos desperta para a verdadeira vida: o amor.
N&atilde;o esse amor difundido por a&iacute; atualmente, mas o amor verdadeiro que nos convida a sair de n&oacute;s e enxergar a vida tal qual ela &eacute;.
Lu&iacute;s Vaz de Cam&otilde;es tem uma poesia bastante conhecida, que fala sobre o amor. Em determinado trecho a poesia diz:
Amor &eacute; fogo que arde sem se ver
&Eacute; ferida que d&oacute;i e n&atilde;o se sente
&Eacute; um contentamento descontente
[...]
&Eacute; um cuidar que ganha em se perder.
&Eacute; querer estar preso por vontade;&rdquo;
Esse tom &eacute; t&atilde;o familiar para esse poeta, porque ele n&atilde;o descreve esse amor de confetes t&atilde;o amplificado nos dias atuais. Pelo contr&aacute;rio, ele sabe que o amor traz uma bagagem e carrega em si suas contrariedades, quando ele diz: &ldquo;&eacute; um cuidar que ganha em se perder&rdquo;, &eacute; como se fosse exatamente isso voc&ecirc; perde, perde nos direitos, nas escolhas, nas oportunidades, perde na esfera do ego e do amor pr&oacute;prio atualmente t&atilde;o propagado e distorcido, mas voc&ecirc; ganha porque &eacute; recompensado justamente por essa for&ccedil;a salvadora do mundo, a verdadeira consci&ecirc;ncia da vida, o amor.
Voc&ecirc; permite se prender n&atilde;o por uma emo&ccedil;&atilde;o hist&eacute;rica, mas pelo compromisso sincero e honesto que existe no prop&oacute;sito verdadeiro de uma miss&atilde;o.
Coincidentemente, essa mesma refer&ecirc;ncia n&oacute;s vemos na voz do Ap&oacute;stolo Paulo quando ele nos diz:
Ainda que eu falasse as l&iacute;nguas dos homens e dos anjos, e n&atilde;o tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. &nbsp;(1 Cor&iacute;ntios 13:1).
Quer dizer, ainda que voc&ecirc; tivesse capacidades naturais (humanas) de um erudito e sobrenaturais a ponto de ter o pleno dom&iacute;nio da linguagem dos anjos, e n&atilde;o tivesse amor, seu conhecimento soaria apenas como um ru&iacute;do sem sentido.
Andreia Pinheiro Pereira &eacute; crist&atilde;, formada em Direito e Letras; Policial Civil no Estado de S&atilde;o Paulo; Professora de Letramento e Literatura; Colaboradora da plataforma UNOVA, com tr&ecirc;s cursos publicados: &ldquo;Homeschooling &ndash; Educa&ccedil;&atilde;o Crist&atilde;&rdquo;; &ldquo;Os Temperamentos Humanos&rdquo; e &ldquo;As Principais Etapas da Alfabetiza&ccedil;&atilde;o Infantil&rdquo;. M&atilde;e de tr&ecirc;s meninas e casada com o Policial Civil Leandro Paulo.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/andreia-pinheiro-pereira/nao-seja-como-eu-quero.html">N&atilde;o Seja Como Eu Quero</a>

Existe uma simbologia nesta história que gostaria de dividir com vocês.

A Lição da Bela Adormecida

Atualmente comenta-se a respeito da liberdade: liberdade de express&atilde;o, g&ecirc;nero, religi&atilde;o, liberdade para relacionar-se com quem e como quiser, em suma, uma das bandeiras mais hasteadas do nosso tempo &eacute; a liberdade. Liberdade que a sociedade atualmente tem por defini&ccedil;&atilde;o o direito de escolher, ser e fazer o que quiser do modo que bem entender.
A liberdade &eacute; t&atilde;o antiga quanto o mundo e podemos avist&aacute;-la no meio do &Eacute;den no momento que Deus coloca a &aacute;rvore da ci&ecirc;ncia do bem e do mal e a &aacute;rvore da vida. Foi l&aacute; que o homem se deparou com as suas primeiras escolhas.
S&oacute;crates, filos&oacute;fo da Gr&eacute;cia antiga, traz um conceito interessante a respeito da liberdade. Ele acredita ser verdadeiramente livre s&oacute; quem &eacute; capaz de dominar seus sentimentos, pensamentos e a si pr&oacute;prio. Para S&oacute;crates, n&atilde;o &eacute; livre quem cumpre o que deseja, pelo contr&aacute;rio um homem que se move apenas pelas suas emo&ccedil;&otilde;es, pensamentos e desejos &eacute; um homem controlado pelas suas paix&otilde;es, portanto escravo.
A partir desse conceito n&oacute;s podemos ver como o termo liberdade foi sendo usurpado, relativizado e modificado por algo que se distancia e muito do que de fato &eacute;. Segundo as Sagradas Escrituras, o homem livre &eacute; aquele que consegue optar e escolher o bem, a vida. Ainda que num primeiro momento n&atilde;o encontre satisfa&ccedil;&atilde;o nisso.
A cena de Jesus Cristo no Gets&ecirc;mani nos mostra um dos maiores embates internos da hist&oacute;ria sobre liberdade, e n&oacute;s podemos verificar isso no vers&iacute;culo onde Cristo orando a Deus pede:
"[...], prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se &eacute; poss&iacute;vel, passe de mim este c&aacute;lice; por&eacute;m, n&atilde;o seja como eu quero, mas como tu queres" (Mateus 26:39)
Se &eacute; poss&iacute;vel, passe de mim este c&aacute;lice, por&eacute;m, n&atilde;o seja como eu quero. A ora&ccedil;&atilde;o final foi conclusiva: &ldquo;N&atilde;o seja como eu quero&rdquo;. Cristou negou-se, escolhendo submeter-se a sua miss&atilde;o mostrando-nos que o caminho do Evangelho n&atilde;o &eacute; pra quem quer viver fazendo o que gosta, &eacute; pra quem faz o que deve ser feito ainda que n&atilde;o queira. 
Jesus dizia a todos: ― Se algu&eacute;m quiser vir ap&oacute;s mim, negue‑se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga‑me. (Lucas 9:23)
O Evangelho que as pessoas querem perseguir atualmente &eacute; o Evangelho que promete a solu&ccedil;&atilde;o para todos os impasses e dificuldades, aquele que honra aquele Evangelho que traz prosperidade e principalmente um Deus que proteger&aacute; seus filhos das consequ&ecirc;ncias das suas escolhas. Liberdade para escolher o que nos traga felicidade. Mas s&oacute; devemos lembrar que as palavras de Cristo foram:
Se algu&eacute;m quiser vir ap&oacute;s mim, negue‑se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga‑me. (Lucas 9:23)
Jesus negou-se, e advertiu que para o seguirmos a via continua sendo a mesma, negar-se. E negar-se compreender&aacute;, muitas vezes, negar a sua vontade, os seus sonhos, os seus desejos a sua ascens&atilde;o para muitas vezes viver uma vida nos bastidores, fazendo o que nos cabe cumprindo o seu dever, sacrificando-se ao escolher o bem.
Num epis&oacute;dio muito espec&iacute;fico em G&ecirc;nesis, quando Deus conversa com Caim ele diz: &nbsp;
[...] &nbsp;saiba que o pecado o amea&ccedil;a &agrave; porta; ele deseja conquist&aacute;-lo, mas voc&ecirc; deve domin&aacute;-lo" (G&ecirc;nesis 4:7)
Esse &eacute; mais um momento de muitos onde a B&iacute;blia deixa claro por meio dessa hist&oacute;ria que as paix&otilde;es, e aqui entendam no sentido das emo&ccedil;&otilde;es mais baixas que um ser humano pode nutrir em si, est&atilde;o sempre a porta da nossa mente, incitando nosso cora&ccedil;&atilde;o para nos dominar para que fa&ccedil;amos as coisas justificados na ideia de satisfazer nossos pr&oacute;prios interesses. A serpente sempre vai aparecer pra dizer: &ldquo;Ser&aacute; que Deus n&atilde;o quis dizer isso&rdquo;... Mas a verdade, que &eacute; uma s&oacute; aponta para o que &nbsp;Deus nos revelou ao dizer: &ldquo; a voc&ecirc; cumpre dominar-se&rdquo;. 
Desde a queda do &Eacute;den o desafio continua sendo o mesmo, a liberdade n&atilde;o &eacute; apenas escolher, mas sim, escolher o bem, a verdade. Como crist&atilde;os n&atilde;o podemos distorcer esse conceito para satisfazer nossas vontades principalmente quando &eacute; uma escolha guiada pelo ego&iacute;smo.
Os c&eacute;us e a terra tomo hoje por testemunhas contra v&oacute;s, de que te tenho proposto a vida e a morte, a b&ecirc;n&ccedil;&atilde;o e a maldi&ccedil;&atilde;o; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descend&ecirc;ncia, (Deuteron&ocirc;mio 30:19)
Andreia Pinheiro Pereira &eacute; crist&atilde;, formada em Direito e Letras; Policial Civil no Estado de S&atilde;o Paulo; Professora de Letramento e Literatura; Colaboradora da plataforma UNOVA, com tr&ecirc;s cursos publicados: &ldquo;Homeschooling &ndash; Educa&ccedil;&atilde;o Crist&atilde;&rdquo;; &ldquo;Os Temperamentos Humanos&rdquo; e &ldquo;As Principais Etapas da Alfabetiza&ccedil;&atilde;o Infantil&rdquo;. M&atilde;e de tr&ecirc;s meninas e casada com o Policial Civil Leandro Paulo.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: <a style="color: #800000;" href="https://guiame.com.br/colunistas/andreia-pinheiro-pereira/ezer-kenegdo-conheca-o-verdadeiro-papel-da-mulher-segundo-biblia.html">&ldquo;&Eacute;zer Kenegdo&rdquo;: Conhe&ccedil;a o Verdadeiro Papel da Mulher Segundo a B&iacute;blia</a>

Segundo as Sagradas Escrituras, o homem livre é aquele que consegue optar e escolher o bem, a vida.

Não Seja Como Eu Quero

A B&iacute;blia fala que a mulher foi retirada da costela de Ad&atilde;o, pesquisando a fundo a respeito deste termo &ldquo;costela&rdquo;, encontrei o termo &ldquo;Tsel&aacute;&rdquo; em hebraico e &ldquo;Pleur&aacute;&rdquo; em grego que significa precisamente -lado, flanco, peda&ccedil;o e tamb&eacute;m costela. O termo tem alguns significados que se concluem a partir do contexto e ocorre outras 40 vezes na B&iacute;blia hebraica e &eacute; comumente utilizado para fazer refer&ecirc;ncia ao lado de alguma coisa, seja edif&iacute;cio ou determinado altar.
Ou seja, n&atilde;o &eacute; um equ&iacute;voco a tradu&ccedil;&atilde;o da palavra &ldquo;Tsel&aacute;&rdquo; como costela, mas compromete em parte o significado pois o torna raso, portanto incompleto. Uma coisa &eacute; dizer a mulher foi retirada da costela e outra &eacute; dizer a mulher foi retirada de um dos seus lados. A costela &eacute; um osso, no entanto, quando eu digo que ela foi retirada de um lado significa mais, amplia a compreens&atilde;o de que um lado do homem foi retirado para que a mulher fosse criada.
A mulher foi retirada da &ldquo;pleura&rdquo; de Ad&atilde;o, do seu material gen&eacute;tico, uma por&ccedil;&atilde;o que ele tinha dentro de si. Sendo retirada do seu lado. Simbolicamente, fazendo-nos refletir que ningu&eacute;m &eacute; completo sozinho, ningu&eacute;m &eacute; tudo sozinho, carregamos em n&oacute;s apenas uma parte e da&iacute; a import&acirc;ncia dos relacionamentos para o desenvolvimento humano.
Outro ponto interessante &eacute; que esse mesmo termo &ldquo;pleur&aacute;&rdquo; &eacute; utilizado quando Cristo &eacute; ferido em sua lateral com uma lan&ccedil;a, ap&oacute;s a sua crucifica&ccedil;&atilde;o epis&oacute;dio descrito em (Jo&atilde;o 19:34). Estudiosos dizem que este &eacute; um s&iacute;mbolo que remete a hist&oacute;ria da cria&ccedil;&atilde;o; da abertura feita pelo soldado saem &aacute;gua e sangue, s&iacute;mbolos do batismo e da Santa Ceia e consequentemente da remiss&atilde;o dos pecados humanos, onde a igreja passa a ser a noiva de Cristo. Eva nasce da &ldquo;Pleur&aacute;&rdquo; de Ad&atilde;o e a Igreja nasce por meio da crucifica&ccedil;&atilde;o, no batismo e na comunh&atilde;o da Santa Ceia, da &ldquo;Pleur&aacute;&rdquo; de Cristo.
E disse o Senhor Deus: N&atilde;o &eacute; bom que o homem esteja s&oacute;; far-lhe-ei uma ajudadora id&ocirc;nea para ele. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos c&eacute;us, os trouxe a Ad&atilde;o, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Ad&atilde;o chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Ad&atilde;o p&ocirc;s os nomes a todo o gado, e &agrave;s aves dos c&eacute;us, e a todo o animal do campo; mas para o homem n&atilde;o se achava ajudadora id&ocirc;nea. Ent&atilde;o o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Ad&atilde;o, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Ad&atilde;o. E disse Ad&atilde;o: Esta &eacute; agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta ser&aacute; chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. (G&ecirc;nesis 2:18-23)
&ldquo;N&atilde;o &eacute; bom que o homem esteja s&oacute;, far-lhe-ei uma ajudadora id&ocirc;nea.&rdquo;
O imagin&aacute;rio das pessoas do s&eacute;culo 21 entendem que uma pessoa criada para ajudar, com certeza &eacute; um subordinado ou inferior. Mas j&aacute; que chegamos at&eacute; aqui vamos dar uma olhada na etimologia dessas palavras.&nbsp; A raiz etimol&oacute;gica da palavra &ldquo;Ajuda&rdquo; &eacute; composta por outras duas palavras em latim ad (&ldquo;perto&rdquo;, junto&rdquo;) e Juvare (ser &uacute;til, socorrer trazer al&iacute;vio e alegria) e Id&ocirc;neo remete ao sentido de algo bom &uacute;til e em perfeito estado.
N&atilde;o me dando por satisfeita com essas terminologias e consultando a tradu&ccedil;&atilde;o transliterada em hebraico da B&iacute;blia para ver qual o termo utilizado para designar a cria&ccedil;&atilde;o feminina me deparei com os seguintes termos:
&ldquo;Ezer Ken&ecirc;gdo&rdquo;
E ao buscar as tradu&ccedil;&otilde;es e etimologias, verificando a constru&ccedil;&atilde;o dessas palavras e os significados correspondentes a elas me deparei com informa&ccedil;&otilde;es bem mais precisas a respeito do tema. Pra in&iacute;cio de conversa o termo &ldquo;Ezer&rdquo; &eacute; utilizado na B&iacute;blia outras 21 vezes. Duas delas em G&ecirc;nesis, e outras num contexto militar de guerra, sabe por qu&ecirc;?
Porque Ezer representa algu&eacute;m que voc&ecirc; pode contar. E como &eacute; importante para n&oacute;s termos algu&eacute;m assim, puxa a&iacute; na sua mem&oacute;ria, quais s&atilde;o os nomes das pessoas que te vem a mente que s&atilde;o da sua extrema confian&ccedil;a, pessoas que voc&ecirc; pode contar independente da situa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
&Eacute; interessante refletir sobre isso, porque Ad&atilde;o tinha supostamente tudo, n&atilde;o havia falta de nada, mas Deus olhou para toda a cria&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o encontrou algu&eacute;m a altura do homem, n&atilde;o havia &ldquo;Ezer&rdquo; algu&eacute;m com que ele pudesse contar. S&atilde;o atributos do &ldquo;Ezer&rdquo;: al&iacute;vio, lealdade, abrigo, alento, conforto, esse &eacute; o verdadeiro sentido de Ezer. Esse termo volta a ser utilizado em (Josu&eacute; 1.14 ou Cr&ocirc;nicas 12.1-22) onde &eacute; feito uma refer&ecirc;ncia aos soldados que se aliam a Israel como combatentes de Guerra, lado a lado. Pasmem ao encontrar ainda o termo &ldquo;Ezer&rdquo; na figura do pr&oacute;prio Deus, Ezer de Israel.&nbsp;(Veja G&ecirc;nesis 49.25; 2Cr&ocirc;nicas 32.8; Salmos 10.14; Isa&iacute;as 41.10-14.).
Mas e o termo Ken&ecirc;gdo?
Essa palavra se divide em tr&ecirc;s partes e todas elas possuem um significado, o prefixo dela &ldquo;Ke&rdquo; significa &ldquo;como&rdquo; no sentido de a mulher ser criada semelhante ao homem, uma mulher que correspondesse ao homem, &agrave; sua altura, do mesmo n&iacute;vel que ele.
&ldquo;Neged&rdquo; por sua vez significa frente a frente, diante dele, algo que poder&iacute;amos entender como um contato face a face em oposi&ccedil;&atilde;o, mas n&atilde;o como uma advers&aacute;ria, pelo contr&aacute;rio. Algu&eacute;m que abarca em si todas as caracter&iacute;sticas e atributos que ele n&atilde;o possui. Cuja alian&ccedil;a s&oacute; os beneficiariam, pelo car&aacute;ter unitivo formando um todo completo por ambos os lados.
&ldquo;O&rdquo; significa: ele, dele. Ent&atilde;o traduzindo as tr&ecirc;s partes da palavra ficariam algo assim: como, em frente a ele ou dele. &nbsp;A mulher que teria sido retirada da sua (pleura) de um peda&ccedil;o do seu pr&oacute;prio corpo, do seu lado, estaria ali, face a face, em p&eacute; de igualdade feita &agrave; sua altura, &ldquo;algu&eacute;m com quem contar&rdquo; e mais, agraciada com atributos que ele n&atilde;o tinha, desse modo juntos poderiam conquistar bem mais do que sozinhos.
Somos seres soci&aacute;veis, logo, para evoluirmos emocionalmente, intelectualmente e materialmente precisamos do outro. Mas, os simbolismos n&atilde;o acabam e quando Ad&atilde;o acorda que ele v&ecirc; a mulher, ele n&atilde;o questiona Deus nem por um momento a respeito do lugar de onde ela teria sido retirada, pelo contr&aacute;rio &eacute; como se ele reconhecesse nela, seu pr&oacute;prio reflexo, algo de si, uma parte sua agora fora do seu corpo, e soubesse que por ela deveria ser capaz de tudo inclusive de morrer para proteg&ecirc;-la. Assim como Cristo pela Igreja.
A mulher &eacute; retirada do homem, e simbolicamente podemos perceber que ela de fato &eacute; capaz de faz&ecirc;-lo sair de si, e olhar pra fora para todas as coisas que sozinho ele n&atilde;o olharia, porque nela cont&eacute;m justamente isso um olhar atento para os detalhes.
E esse processo de sair da esfera do &ldquo;eu&rdquo; e olhar para o pr&oacute;ximo tamb&eacute;m acontece para mulher ao ter filhos, ent&atilde;o de alguma maneira os filhos s&atilde;o o Ezer da mulher, pois em alguma medida eles &agrave; socorrem da sua pr&oacute;pria natureza. A esse ciclo damos o nome de fam&iacute;lia. &ndash; Sistema Intensivo de Aperfei&ccedil;oamento Humano.
Enquanto o homem cuida de uma parte, Eva cuida da outra parte. Formando assim pela for&ccedil;a da uni&atilde;o de ambos um todo completo. Agora se a mulher ao inv&eacute;s de cuidar da parte que lhe foi entregue cismar em cuidar daquilo que o homem faz apenas para provar que pode fazer igual ou at&eacute; melhor, qual o resultado que temos?
Os resultados familiares do s&eacute;culo 21 &nbsp;
Temos dificuldades em conceber a ideia de Ezer Ken&ecirc;gdo, na verdade as mulheres atravessam uma aus&ecirc;ncia quase que total de refer&ecirc;ncias, poder&iacute;amos dizer que somos um g&ecirc;nero amea&ccedil;ado de extin&ccedil;&atilde;o, porque se todo mundo quer ser como os homens e provar superioridade a eles, o que n&oacute;s somos essencialmente vai se esvaindo, nossa marca deixa de ser vista no mundo, predominando a marca do masculino. N&oacute;s nos divorciamos da nossa pr&oacute;pria natureza, de algo caracter&iacute;stico a n&oacute;s essencialmente e acreditamos piamente que ao buscar essas coisas poderemos ser felizes, imagine se a &aacute;gua quisesse ser o fogo e este por sua vez quisesse ser terra, s&atilde;o elementos com atributos diferentes n&atilde;o superiores nem inferiores, quando comparados, e inquestionavelmente essenciais a vida humana.
Crescemos ouvindo hist&oacute;rias do tipo de que ao se casar o homem se endireitou, se aprumou na vida, quantos exemplos n&oacute;s temos de mulheres que levantam o moral de um homem ou derrubam de vez. &Eacute;zer, meus queridos &ldquo;&Eacute;zer Ken&ecirc;gdo&rdquo;.
N&oacute;s temos que lutar sim, mas &eacute; pelo direito de sermos mulheres e construirmos nossa feminilidade, porque meu amor ningu&eacute;m nesta terra pode ser t&atilde;o &ldquo;&Eacute;zer&rdquo; quanto n&oacute;s se quisermos. Ao passo que o pr&oacute;prio Deus quando instituiu seu plano de salva&ccedil;&atilde;o, confiou em Maria, para gerar, alimentar, educar e amar seu &uacute;nico filho at&eacute; que Ele, estivesse pronto para cumprir seu legado.
Seremos reconhecidas n&atilde;o quando queimarmos nossos suti&atilde;s em pra&ccedil;as p&uacute;blicas, descartarmos nossos filhos, ou fizermos com nosso corpo o que quisermos. Seremos reconhecidas quando tomarmos nosso posto, e o nosso lugar &eacute; &ldquo;Ezer&rdquo; Somos essencialmente pessoas das quais se podem contar, isso porque o que n&atilde;o temos de for&ccedil;a f&iacute;sica temos de for&ccedil;a emocional, somos lugar de descanso e perman&ecirc;ncia somos o f&ocirc;lego tomado antes do combate. E a ess&ecirc;ncia da nossa natureza &ldquo;&Eacute;zer Kenegdo&rdquo; subsistir&aacute;, n&atilde;o permitindo que ningu&eacute;m destrua nossos homens tampouco nossos filhos.
Andreia Pinheiro Pereira &eacute; crist&atilde;, formada em Direito e Letras; Policial Civil no Estado de S&atilde;o Paulo; Professora de Letramento e Literatura; Colaboradora da plataforma UNOVA, com tr&ecirc;s cursos publicados: &ldquo;Homeschooling &ndash; Educa&ccedil;&atilde;o Crist&atilde;&rdquo;; &ldquo;Os Temperamentos Humanos&rdquo; e &ldquo;As Principais Etapas da Alfabetiza&ccedil;&atilde;o Infantil&rdquo;. M&atilde;e de tr&ecirc;s meninas e casada com o Policial Civil Leandro Paulo.
* O conte&uacute;do do texto acima &eacute; uma colabora&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria, de total responsabilidade do autor e n&atilde;o reflete necessariamente a opini&atilde;o do Portal Guiame.

Andreia Pinheiro Paulo

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