Pastor diz que ministério tem sido um ídolo para muitos: ‘Se orgulham de seus cargos’

Conforme Shane Idleman, a idolatria se esconde por trás das frases: “Meu chamado, meu ministério e meus dons”.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: quinta-feira, 18 de novembro de 2021 às 13:43
Pastor Shane Idleman, fundador da Westside Christian Fellowship em Lancaster, Califórnia. (Foto: Captura de tela/Youtube)
Pastor Shane Idleman, fundador da Westside Christian Fellowship em Lancaster, Califórnia. (Foto: Captura de tela/Youtube)

Será que trabalhar para Deus pode se tornar uma forma de idolatria? O pastor Shane Idleman, fundador da Westside Christian Fellowship em Lancaster, Califórnia, acredita que sim.

Ele fala sobre o assunto num de seus sermões que foi transformado em artigo pelo Christian Post, onde aponta que “o ministério tem se tornado um ídolo para muitos”. Ele inicia fazendo um alerta, dizendo que a idolatria se esconde por trás de frases como “meu chamado”, “meu ministério” e “meus dons”

“Que paródia seria no final de nossa jornada descobrir que a vanglória e a cobiça nos enganou. Idolatria é colocar qualquer coisa diante de Deus e cobiçar é desejar o que os outros têm. Ambos se infiltraram na base da igreja. Se a idolatria matou seus milhares, a cobiça matou seus 10 mil”, disse.

Pregadores popstar em busca de sucesso

Segundo Shane, o que mais desanima não é surpreender o pecador envolvido em seu pecado, mas ver a cobiça dos crentes em busca de sucesso. “A passagem em 1 Coríntios 1.29 nos lembra que ninguém deve se vangloriar na presença de Deus”, lembrou.

Além disso, citou Filipenses 2.3 para mostrar que a Bíblia faz um alerta sobre não agir por ambição ou vaidade e depois frisou que é necessário que Jesus cresça, enquanto os cristãos devem diminuir, conforme João 3.30.

“No entanto, muitos seguem o estilo de vida de Herodes, se tornando pregadores popstar e líderes de adoração que arrastam as multidões, mas ignoram o fato de que Jesus sempre ministrava um a um, e sem segundas intenções”, apontou.

“À medida que a proeminência aumenta, também aumenta o orgulho: ‘Só vou pregar por uma certa quantia em dinheiro e com frequência garantida’. ‘Quero uma certa porcentagem das vendas de ingressos’. ‘Preciso de uma sala vip’. ‘Quero um layout exuberante’. Senhor, como o fedor do orgulho deve ser repulsivo para Deus”, refletiu o pastor.

Chamado, dom e habilidade são presentes de Deus 

Quando ouvimos a voz do Senhor dizendo: ‘Quem enviarei?’ Será que somos sinceros ao responder: ‘Aqui estou! Envia-me’ (Isaías 6.8)? Ou devemos primeiro pesar os prós e os contras, custos, despesas, notoriedade e publicidade antes de decidir?”, questionou o pastor Shane.

Ele indicou para o fato de que “Deus é um inspetor de corações” e que não se impressiona com os números e os nossos resultados, mas com a comunhão que temos com Ele.

“O ministério não é um empreendimento comercial no qual colocamos lucro sobre as pessoas, a imagem sobre os indivíduos e a receita sobre os relacionamentos. Você pode ter popularidade, mas nenhum poder espiritual”, ponderou.

“Muitos se orgulham de sua capacidade, mas não têm humildade. Dizemos que é um ‘dom’, quando na verdade encaramos como vanglória. Há muitas figuras públicas cristãs que não vão a lugar algum a menos que sejam reconhecidas e recompensadas”, continuou.

“Deus é um inspetor de corações”

“Se o mendigo ou o cego não merecem nossa atenção, precisamos verificar nossos corações. Você quer a unção de Isaías? Então clame como Isaías e deixe que as coisas que partem o coração de Deus, partam o seu também”, relacionou.

“E se você deseja a unção de Davi, humilhe-se e clame: ‘Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova em mim um espírito reto’, conforme Salmos 51.10”, disse também.

“Você quer a unção da Igreja Primitiva? Então, humilhe-se e arrependa-se da ambição egoísta e da presunção. Deus é um inspetor de corações e Ele conhece seus motivos melhor do que você”, lembrou. 

“Sonda-me, Senhor”

O pastor Shane deixou claro em seu sermão: “Não quero construir uma fábrica de ídolos, não quero liderar uma igreja cheia de orgulho e não quero alimentar egos e construir imagens”. 

“Romper o orgulho de nossas vidas é doloroso, mas também muito poderoso. Em Isaías 14.13-14, encontramos uma referência ao rei da Babilônia que também pode se aplicar à queda de Satanás”, citou.

“Tome nota de todas as declarações. Ele disse: ‘Subirei aos céus, erguerei meu trono acima das estrelas de Deus. Eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo’. Isso não é diferente do que muitos pensam hoje”, observou.

“Muitos querem ascender em posição, exaltação e liderança. Este desejo deve morrer em você antes que Deus possa verdadeiramente viver em você. Desça de seu trono e exalte Aquele que é verdadeiramente digno de nosso louvor”, continuou.

“Ore como Davi para não acabar como Saul: ‘Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas ansiedades; e vê se há algum caminho mau em mim e guia-me no caminho eterno’, conforme Salmos 139.23-24”. concluiu.

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