O pastor Dia Moodley foi alvo de agressões e ameaças no centro de Bristol, no Reino Unido, enquanto pregava na rua, fazendo comparação com o Jesus da Bíblia e do Alcorão.
O pastor afirma que foi ameaçado de morte por um homem e que sua esposa, que o acompanhava na pregação, quase foi agredida com um soco.
Segundo Moodley, os agressores tentaram tomar o Alcorão que ele usava para mostrar a comparação que fazia, alegando que “pertencia a eles”.
Em um vídeo, filmado no momento, é possível ver a confusão, enquanto a polícia assiste sem reagir aos agressores.
A atuação da polícia local foi criticada por inicialmente ter ameaçado prender o pastor por “crimes de ordem pública”, enquanto os agressores continuavam a ameaçá-lo mesmo diante dos agentes.
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Segundo o grupo de defesa ADF International, que presta apoio jurídico a Moodley, os policiais que chegaram ao local não tomaram nenhuma medida para conter os agressores muçulmanos.
O homem que havia ameaçado esfaqueá-lo teria continuado com as intimidações mesmo diante da presença policial, sem qualquer intervenção imediata.
A situação só foi contida após a chegada de um inspetor sênior, que disse a Moodley que ele não seria preso.
Direito de pregar
O pastor registrou uma queixa contra a polícia de Avon e Somerset pelo incidente.
"Prego em público porque acredito que todas as pessoas, incluindo os muçulmanos, precisam saber que Jesus Cristo é 'o caminho, a verdade e a vida'. Sempre o faço com respeito, por amor ao próximo", disse o pastor.
“Infelizmente, nesta ocasião, um grupo de homens muçulmanos se opôs à minha pregação e reagiu com violência. É chocante que a polícia tenha dito inicialmente que eu havia violado a paz. Isso mostra mais uma vez que o policiamento de dois níveis, que visa a expressão de cristãos, é uma realidade na Grã-Bretanha moderna”.
Lorcán Price, advogado da ADF, relatou que o caso foi uma evidência de que “leis de blasfêmia de fato” estão sendo usadas na Grã-Bretanha para “atingir a expressão cristã, por meio da ordem pública e outras legislações”.
“Todos os que são a favor da liberdade de expressão devem apoiar a revogação da legislação censitária e a introdução de proteções mais fortes para a liberdade de expressão no Reino Unido”, disse o advogado.
"Caso contrário, pessoas inocentes como o Pastor Moodley serão forçadas a deixar a esfera pública ou enfrentarão criminalização injusta por sua expressão pacífica."
‘Perturbação pública’
As autoridades policiais de Avon e Somerset disse que “os policiais compareceram a uma perturbação pública em Broadmead, Bristol, em 22 de março de 2025, na qual um pregador relatou ter sido ameaçado."
E continuaram: "Uma multidão de pessoas se reuniu e foi dispersada pelos policiais, e o pregador foi aconselhado a parar e deixar a área como precaução.”
"Uma investigação foi realizada desde então e um homem, na faixa dos 20 anos, compareceu a um interrogatório policial voluntário em julho, após o qual foi decidido que nenhuma outra ação seria tomada.”
"Isso foi comunicado ao pregador em 22 de julho, bem como seus direitos de submeter o Pedido de Revisão de Direito à Vítima (VRR) caso não esteja satisfeito com a decisão.”
No dia seguinte, foi apresentado um VRR, avaliado por um Inspetor-Chefe.
Em 27 de julho, ele decidiu que o caso deveria ser encaminhado ao Ministério Público para considerar possíveis acusações. O processo segue em curso, mantendo a investigação policial ativa.
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