Missão brasileira resgata cristãos do Afeganistão e constrói casas para recebê-los

A Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS) está construindo a “cidade de refúgio” para acolher os cristãos, que fogem da perseguição em seu país.

Fonte: Guiame, Cássia de OliveiraAtualizado: sexta-feira, 10 de setembro de 2021 às 20:18
A Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS) está construindo a “cidade de refúgio” para acolher os cristãos. (Foto: Missão MAIS/AFP/Montagem Guiame).
A Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS) está construindo a “cidade de refúgio” para acolher os cristãos. (Foto: Missão MAIS/AFP/Montagem Guiame).

A Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS) está resgatando cristãos do Afeganistão, após a retomada do Talibã ao governo, e construindo casas para recebê-los no Brasil. 

O projeto SOS Afeganistão está levando os afegãos resgatados para países vizinhos, de forma provisória, até que os processos de liberação para a vinda ao Brasil como refugiados sejam finalizados.

Na semana passada, o governo brasileiro autorizou a emissão de visto humanitário para afegãos. Nas redes sociais, o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que havia feito um pedido ao presidente Jair Bolsonaro para que o Brasil passasse a receber os refugiados.

“Há no Paraná a Missão MAIS, que tem os recursos para mandar passagens para dezenas de cristãos do Afeganistão, que agora estão indo ao Paquistão, trazê-los para o Brasil e aqui abrigá-los. Eu então mandei uma mensagem para o Presidente da República, porque era necessário que o Brasil autorizasse. E o Presidente me enviou a portaria para darmos vistos de refugiados para os afegãos”, disse Crivella, em vídeo nas suas redes sociais.

Cidade refúgio

Segundo o pastor e missionário Luiz Renato Maia, diretor da Missão MAIS no Brasil, o projeto SOS Afeganistão está a todo vapor, correndo contra o tempo para construir a chamada “cidade de refúgio”, na base missionária em Curitiba, no Paraná. 

“Deus está dando graça para nós respondermos a esta crise [no Afeganistão]. Estamos correndo contra o tempo. As paredes [das casas] já estão subindo, semana que vem, se Deus quiser, já vamos subir a cobertura”, disse Luiz Renato, com a obra ao fundo, numa live em seu Instagram. 

E explicou: “É um processo grande. Desde a retirada dos cristãos do Afeganistão até eles chegarem aqui na base estamos estimando [gastar] 3500 dólares por pessoa. Tudo envolve muito dinheiro, mas graças a Deus muita gente tem se mobilizado. Eu estou muito feliz!”.

Inicialmente, a missão vai acolher cerca de 90 cristãos afegãos durante 3 meses, oferecendo uma preparação para eles se inserirem no Brasil. A MAIS vai auxiliar na emissão de documentos e promover aulas de português, atendimento médico e psicológico. 

De acordo com o pastor Luiz, o número de refugiados acolhidos pode duplicar ou triplicar, por isso, a missão já está preparando sua estrutura e arrecadando recursos para manter os irmãos afegãos.

“Estamos acelerando a obra. Nós não pensamos apenas nas casas, mas também no refeitório, na energia elétrica, na água. Então, vamos furar um poço, que é custoso, mas é um desafio”, disse o diretor.

Após os três primeiros meses de acolhimento na cidade refúgio, o Projeto SOS vai para sua segunda fase, onde igrejas parceiras ajudaram no recomeço das famílias afegãs, buscando emprego e vagas em escolas para as crianças. 

As doações para o SOS Afeganistão podem ser feitas pelo site www.maisnomundo.org

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