Extremistas publicam ‘lista de alvos’ de líderes cristãos online, na Mauritânia

A estimativa é de que a população é composta de 400 a 1.000 cristãos de etnia mauritana.

Fonte: Guiame, com informações do VOM e Middle East EyeAtualizado: segunda-feira, 14 de junho de 2021 às 12:16
A pressão aumentou no último ano por conta do endurecimento das leis de blasfêmia e apostasia. (Foto: Reprodução / Luca Catalano Gonzaga)
A pressão aumentou no último ano por conta do endurecimento das leis de blasfêmia e apostasia. (Foto: Reprodução / Luca Catalano Gonzaga)

Até muito recentemente, a maioria das pessoas nunca tinha ouvido falar da Mauritânia; pois o espaço geográfico que ocupa foi referido, ao longo da história, como “Bilad Tekrur”, “Chinguit”, Bilad el Bidaan ”(terra dos mouros). Tal espaço nunca abrigou um estado central conhecido.

Somente em 1959 a administração colonial francesa lhe deu o nome cristão: “la Republique Islamique de Mauritanie”.

Nenhum evento marcante desde então atraiu a atenção do mundo para o estado incipiente que era a Mauritânia.

No entanto, o país ocupa o 30º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas, onde cristãos são hostilizados e têm mais chance de serem mortos por extremistas.

Greg Kelley, da Missão Mundial, relatou à Voz dos Mártires (VOTM) que grupos extremistas na Mauritânia, no noroeste da África, deram aos militantes "luz verde" para caçar os cristãos. Segundo ele, a lista é "um chamado à guerra".

Oficialmente reconhecida como República Islâmica da Mauritânia, a nação que fica na região do Saara, ainda tem traços de escravidão. Por lá é comum ver pessoas sendo perseguidas, presas e torturadas.

De acordo com a VOTM não há muitos cristãos na Mauritânia. "Uma estimativa sugere que a população é composta de 400 a 1.000 cristãos de etnia mauritana, junto com alguns milhares de crentes expatriados.

‘Traidores religiosos’

Os convertidos do islã para o cristianismo sofrem com a hostilidade pois são vistos como traidores religiosos. Dentro da cultura mauritana não há espaço para batismos, casamentos ou funerais cristãos.

"Além disso, existem leis rígidas contra a evangelização e a conversão do Islã é punível com a morte", explica.

Noura, uma mulher idosa haratin em frente à sua casa na aldeia de Tejala, Mauritânia, 2013. (Foto: Reprodução / Luca Catalano Gonzaga)

Kelley e a VOTM estão pedindo aos cristãos em todo o mundo que se unam em oração por "cada crente na Mauritânia que está disposto a assumir uma posição por Cristo em meio a essa opressão tremenda, pedindo ao Senhor que lhes conceda a sabedoria, a força e a coragem de que precisam diariamente para permanecer fiel a Ele."

A pressão aumentou no último ano por conta do endurecimento das leis de blasfêmia e apostasia. Os cristãos têm experimentado uma crescente oposição em todas as áreas da vida.

 

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