“Eu perdi meu braço porque escolhi Jesus”, diz homem que teve de fugir de sua cidade

Ex-policial asiático compartilha seu testemunho de perseguição após ter sido descoberto como seguidor de Jesus.

Fonte: Guiame, com informações do Eternity NewsAtualizado: sexta-feira, 16 de agosto de 2019 às 12:50
Um cristão da Ásia Central compartilha seu testemunho. (Foto: reprodução/FEBC)
Um cristão da Ásia Central compartilha seu testemunho. (Foto: reprodução/FEBC)

Em todo o mundo, a perseguição aos cristãos está aumentando e em alguns países o drama dos seguidores de Jesus é ainda pior, marcado por violência e morte.

De acordo com a FEBC (Far East Broadcasting Company), uma organização que transmite programas cristãos em países sob perseguição religiosa, os ataques são frequentes e mais violentos do que nunca.

“Isso traz tanto desafio quanto oportunidade”, afirma a instituição cristã que também oferece rádios em países sem igrejas ou pastores, onde as transmissões da FEBC são muitas vezes a única fonte de nutrição espiritual.

Uma das vítimas da violência física foi um ex-policial que vive em uma área remota da Ásia (o país não pode ser identificado por medida de segurança). Ele foi visto por um missionário da FEBC, que notou que o homem só tinha metade de um braço. Seu nome não pode ser mencionado, por isso é referido como o Sr. H.

Ele compartilhou sua história com o missionário, ambos sentados em sua "igreja ao ar livre" (um local de cultos coberto, mas sem paredes).

Ele tinha sido um policial, um trabalho altamente desejável em seu país, chegando ao posto de capitão, sendo o oficial de maior patente em sua cidade.

O Sr. H contou que um dia ficou muito doente e chamou um amigo cristão para ajudá-lo. O amigo cuidou dele, orou por ele e deu-lhe uma rádio da FEBC. Ele contou que foi através do rádio que ele descobriu “o tesouro de conhecer Jesus Cristo” e se tornou um cristão.

Alto preço

A FEBC diz que “entrar no Reino de Deus pode ser caro em muitos lugares”. Foi o caso do Sr. H. “Eu perdi meu braço porque escolhi Jesus”, contou.

O homem conta que depois que ele se recuperou, sua conversão ao cristianismo ficou conhecida. O Sr. H foi visto como um traidor e rebaixado dentro da polícia, chegando, posteriormente, a perder o emprego.

Ele contou que depois disso, certa noite, um grupo de policiais o emboscaram a caminho de casa, atacando-o com facões, e foi assim que ele perdeu o braço.

O Sr. H compartilhou que não se arrependeu de sua escolha por Jesus. Para ele “o reino dos céus é como um tesouro escondido em um campo, e seus programas de rádio cristãos são como o mapa que guia os perdidos para onde o tesouro está enterrado”.

O Sr. H encontrou o campo e seus tesouros, mas entrar no reino custou-lhe o braço direito e quase a sua vida, relata o missionário da FEBC, que perguntou a ele se valeu a pena perder sua carreira e seu braço para seguir a Jesus. Ele respondeu, com um sorriso vitorioso que "Sim!"

O Sr. H contou que escapou para outra região e hoje ele é um fazendeiro e pastor, e os programas da FEBC continuam a encorajá-lo ao compartilhar o Evangelho com as pessoas ao seu redor.

Países perigosos

“Em lugares onde é arriscado declarar abertamente seguir a Jesus, o rádio é uma das poucas maneiras seguras de ouvir a palavra de Deus”, esclarece a organização. Muitos rádios distribuídos pela FEBC não necessitam de baterias e são wind-up ou solares.

“Mesmo sem rádio, nossos programas podem ser ouvidos on-line, através de aplicativos móveis, cartões SD e dispositivos USB”, afirma a FEBC, que transmite, diretamente ou por meio de parceiros, sete dos 10 países mais perigosos da lista de observação mundial da Portas Abertas.

“Estamos semeando em regiões de maior risco, restaurando a esperança e fortalecendo a fé. Todo esforço está sendo feito para garantir a palavra de Deus e a verdade de chegarem àqueles que mais necessitam de esperança e encorajamento”, declara a FEBC.

Cerca de 245 milhões de cristãos são perseguidos por sua fé em países onde é mais perigoso seguir a Jesus.

*A imagem utilizada nesta matéria não é do Sr. H, por motivo de segurança. Imagem disponibilizada pela FEBC.

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