Clérigo muçulmano é preso na Indonésia por insultar o cristianismo

O porta-voz da Comunhão das Igrejas na Indonésia disse que as pessoas devem pensar com sabedoria antes de fazer declarações sobre outras religiões.

Fonte: Guiame, com informações do UCAAtualizado: quarta-feira, 29 de setembro de 2021 às 17:38
Muhammad Yahya Waloni é acusado de insultar o Cristianismo. (Foto: Reprodução / YouTube / UCA)
Muhammad Yahya Waloni é acusado de insultar o Cristianismo. (Foto: Reprodução / YouTube / UCA)

Muhammad Yahya Waloni, é um ex-protestante que se tornou muçulmano em 2006 e um pregador do islamismo. Ele foi preso em 26 de agosto em sua residência, em Jacarta, capital da Indonésia, acusado de insultar o cristianismo.

A polícia indonésia prendeu Waloni e acusou o clérigo de blasfêmia por ofender os cristãos e afirmar que a Bíblia Sagrada é uma ficção e falsa, durante um de seus sermões.

A prisão ocorreu após uma denúncia feita à polícia por um grupo civil em abril, segundo disse o porta-voz da polícia, general Rusdi Hartono.

O general disse que além de blasfêmia, Waloni foi acusado de discurso de ódio. “As investigações ainda estão em andamento”, disse ele ao UCA News.

Questionado sobre o motivo que levou à demora de quatro meses para prender Waloni após o relatório policial, o general disse que a investigação precisava de tempo.

A prisão segue um apelo do ministro de Assuntos Religiosos, Yaqut Cholil Qoumas, para uma repressão às pessoas que cometem blasfêmia e discurso de ódio, como também aconteceu com Muhammad Kace, um convertido ao cristianismo que supostamente ofendeu o islã.

“Todos são iguais perante a lei. Portanto, deve haver um tratamento justo em todos os casos, incluindo blasfêmia e discurso de ódio”, disse ele recentemente, conclamando os líderes religiosos a continuarem ajudando a melhorar a compreensão de outras religiões entre seus seguidores.

Philip Situmorang, porta-voz da Comunhão das Igrejas na Indonésia, disse em um comunicado que as pessoas devem pensar com sabedoria antes de fazer declarações sobre outras religiões.

Ele disse que as autoridades deveriam investigar o caso de Waloni da mesma forma que tratariam o de Kace.

“Em casos de blasfêmia, a polícia e os encarregados da aplicação da lei devem ser justos, em vez de se aliar a um determinado grupo. Cristãos foram presos e levados ao tribunal em casos de blasfêmia, enquanto aqueles que insultavam o cristianismo ou outras religiões foram deixados em paz”, disse ele.

Esse tratamento injusto causa ansiedade entre os cristãos, acrescentou.

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