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Rabino acredita que o ano de Shemitá tem relação com o fim dos tempos

“O mundo entra em crise de sete em sete anos e, numa dessas crises, Jesus voltará e não falta muito”.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: quarta-feira, 8 de setembro de 2021 às 18:12
Rabino Mário Moreno, fundador e líder do Ministério Profético Shema Israel. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)
Rabino Mário Moreno, fundador e líder do Ministério Profético Shema Israel. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)

De acordo com a tradição judaica, neste ano de 2021, a humanidade completa 5.782 anos. As comemorações de Rosh Hashaná — Ano Novo judaico — começaram ao pôr do sol da segunda-feira (06) e vão até o pôr do sol desta quarta-feira (08). 

O nome “Rosh Hashaná” é traduzido do hebraico e significa “o início do ano”. Neste ano, em especial, será fechado um ciclo com a entrada do ano de Shemitá. O rabino Mário Moreno, fundador e líder do Ministério Profético Shema Israel, explica que “haverá um mover do Eterno e o Messias pode se manifestar para o mundo”.

Em entrevista ao Guiame, o rabino esclareceu que, segundo a opinião dos sábios do Talmud e da Torá, as Escrituras apresentam evidências do tempo em que Jesus voltará. 

Sobre o ano de Shemitá

“O ano de Shemitá significa o descanso da terra a cada sete anos”, disse o rabino com explicações mais detalhadas. “O agricultor judeu deve plantar durante seis anos, e no sétimo ano pode somente colher o que a terra dá conforme suas forças”, mencionou.

Para Mário Moreno, essa é uma mensagem de Deus para a humanidade. “O Eterno é quem cuida de nós e do nosso sustento, por isso devemos ter uma profunda dependência do Senhor em todos os aspectos da vida”, lembrou.

Ele citou também o ano de Shemitá como uma oportunidade de maior comunhão com Deus, já que durante o período de plantação e colheita a vida é mais corrida. “Mas no sétimo ano, por não se preocupar tanto com o trabalho na terra, é possível estudar mais a palavra do Eterno”, resumiu.


Peregrinos judeus ultra-ortodoxos oram durante a celebração do feriado de Rosh Hashaná, em meio ao surto de coronavírus, em Uman, Ucrânia, em 19 de setembro de 2020. (Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko)

O mundo em crise a cada sete anos

A desobediência ao ano de Shemitá no período atual tem ocasionado tempos de crise para o mundo inteiro. Além disso, segundo o rabino, “estamos vivendo um tempo profético muito intenso”. 

Ele aponta para o fato de que há uma crise mundial de sete em sete anos, justamente no ano de Shemitá, que deveria ser um período de descanso e provisão divina.

“Essa crise se dá pela falta de obediência à Torá. Se as pessoas obedecessem não haveria crise e sim um derramar de bênçãos, multiplicação de colheitas e provisões milagrosas”, citou.

“É interessante observar que Israel não tem passado por essas crises, pelo contrário, a cada ano de Shemitá essa nação está se destacando do resto do mundo”, apontou.

O Shemitá e o fim dos tempos

“O fim dos tempos será caracterizado por um período de grande crise. E vai aparecer uma figura disposta a suprir a necessidade do mundo”, lembrou ao citar o livro de Apocalipse e o anticristo.

“Segundo o Midrash, o Messias virá ao final de um ano de Shemitá e os rabinos esperam que Ele venha para buscar seu povo e para trazer justiça à Israel. Jesus falou sobre os sinais e Israel já tem um cenário preparado”, observou.

“É interessante mencionar que o ano de Shemitá é também um tempo de mais estudo e comunhão com Deus, ou seja, é um tempo de preparação. “Estaremos estudando mais a palavra do Eterno, com um temor maior aos céus, nos preparando. E quando o Messias vier nos buscar, estaremos atentos a esse momento”, ele acredita. 


Muro das Lamentações durante comemorações do Ano Novo judaico. Israel, na Cidade Velha de Jerusalém, em 6 de setembro de 2021. (Foto: Reuters/Ronen Zvulun)

Deus fez três promessas ao povo de Israel

“Primeiro, Deus prometeu ao povo de Israel que abençoaria a terra no ano anterior ao Shemitá, ou seja, a colheita seria tão grande que duraria três anos”, mencionou.

“Em segundo lugar, o Eterno prometeu também que durante o ano de Shemitá eles ficariam satisfeitos e, em terceiro, disse que se os judeus guardassem o ano de Shemitá e o jubileu, eles estariam seguros em Israel. Nada e ninguém os abalaria como povo”, continuou.

O rabino lembrou que no ano de Shemitá as dívidas são perdoadas. “A bênção do Eterno é tão grande sobre a vida daquele que emprestou, que ele pode perdoar as dívidas daqueles que possuem menos recursos”, esclareceu.

Outro ponto importante citado pelo escritor, é que a terra precisa descansar para depois voltar a dar frutos em sua plenitude. “Essa é uma analogia ao ser humano, que trabalha seis dias e deve descansar no sétimo para voltar às atividades de uma forma poderosa”, disse.

O que acontece quando Israel não respeita o Shemitá

O rabino explica que, no passado, Israel não respeitou o ano de Shemitá. “Como está escrito em Jeremias 34.13-17 e Levítico 26.23, ao quebrar o pacto com Deus, o povo de Israel foi disperso por toda terra”, lembrou.

Ele mencionou também o cativeiro babilônico que durou 70 anos, ou seja, o período de 10 Shemitás. “O 10 tem uma conotação muito interessante, pois está ligado à coroa. O Eterno precisou tirar deles a coroa da bênção para que eles nunca mais errassem nesse ponto”, frisou.

“Não tem como a pessoa dizer que teme a Deus, se não o obedece. Não cumprir o Shemitá é um sinal de doença espiritual e a cura somente vem através do conhecimento da Palavra”, concluiu.

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