É tempo de guerra

Lidamos com um inimigo real, porém invisível; não podemos enfrentá-lo com armas carnais.

Fonte: Guiame, Hernandes Dias LopesAtualizado: sexta-feira, 20 de agosto de 2021 às 17:58
(Foto: Canva)
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O cristianismo proclama a paz, mas vive em guerra. Não uma guerra contra pessoas, mas contra principados e potestades, contra dominadores deste mundo tenebrosos e forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Essa guerra é espiritual. Lidamos com um inimigo real, porém invisível. Não podemos enfrentá-lo com armas carnais. Esse inimigo é assassino e ladrão. É mentiroso e cruel. É maligno e destruidor. Nessa guerra espiritual precisamos atentar para algumas realidades:

Em primeiro lugar, precisamos saber contra quem estamos lutando (Ef 6.11,12). Nossa luta não é contra carne e sangue. Nossa guerra não é contra pessoas. O diabo é o nosso inimigo e ele não está sozinho. Ele tem anjos caídos que fazem parte do seu exército. Os demônios não descansam nem tiram férias. Eles usam ciladas e diversas estratégias para roubar, matar e destruir as pessoas. Esses inimigos são astutos, malignos e assassinos. São principados, potestades, dominadores deste mundo tenebroso e forças espirituais do mal.

Em segundo lugar, precisamos saber quais são suas estratégias do inimigo (Ef 6.11). O diabo tem um arsenal variado. Ele tem muitas estratégias. Usa ciladas e estratagemas para capturar, atormentar e arruinar as pessoas. Para cada indivíduo ele usa armas diferentes. A uns, ele ataca na área da vaidade. A outros, ele ataca na área da sexualidade. Mas, a outros, ataca na área da ganância. Poder, sexo e dinheiro são laços sutis e armas afiadas para prender e destruir muitas pessoas. O diabo e seus agentes usam, também, a pressão (Ef 6.13). Trata-se do dia mal. Muitas pessoas são atacadas com armas de grosso calibre e ficam atordoadas e até mesmo profundamente feridas por esses ataques frontais. Ainda, o inimigo usa a constância (Ef 6.13). Quando ele dá uma trégua é apenas para realinhar suas estratégias e atacar com mais ferocidade e com novas táticas.

Em terceiro lugar, precisamos usar toda a armadura de Deus (Ef 6.11,14-17). Entrar nessa guerra de cara limpa, sem proteção é uma insensatez. O inimigo sempre irá explorar as brechas. Precisamos nos revestir de toda a armadura de Deus, protegendo nossa cabeça com o capacete da salvação; nosso corpo, com a couraça da justiça e com o escuda da fé; e, nossos pés com os calçados do evangelho.  Precisamos, de igual modo, usar a espada do Espírito tanto para nos defender como para vencer o adversário. O inimigo usa seu exército de flecheiros para nos atacar com suas setas inflamadas. Sem a proteção divina e sem as armas espirituais, poderosas em Deus para destruir fortalezas e anular sofismas, não podemos prevalecer.

Em quarto lugar, precisamos ser fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10). Uma vez que essa luta não é carnal, mas espiritual, não podemos entrar nela fiados em nosso próprio poder. Precisamos ser revestidos como o poder de Deus, o mesmo poder que ressuscitou Jesus dentre os mortos. Está à nossa disposição a suprema grandeza do poder de Deus. A igreja é o povo mais poderoso do mundo, porque embora fraco, tem à sua disposição o poder daquele que é onipotente.

Em quinto lugar, precisamos entrar nessa guerra com toda oração (Ef 6.18). A oração conecta a fraqueza humana à onipotência divina e une o altar da terra ao trono do céu. Quanto mais dependemos de Deus, mais fortes nos tornamos. Quanto mais confiamos nos recursos que emanam do céu, mais poder experimentamos na terra. A igreja de Deus avança de joelhos e triunfa por intermédio da oração. Quando a igreja ora, o braço de Deus age em seu favor e os inimigos são desbaratados. Quando entramos na batalha fortalecidos com o poder de Deus, usando toda a armadura de Deus, com toda oração e súplica, triunfamos gloriosamente!

Por Hernandes Dias Lopes - pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e diretor executivo da Editora Luz para o Caminho.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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