Isso sim é amor!

Isso sim é amor!

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:04
amorAinda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.
[1Coríntios 13.1-3]
 
As palavras do apóstolo Paulo, que sem dúvidas constam das mais extraordinárias páginas da literatura universal, sugerem uma compreensão do que seja o amor.
 
O amor não é falação. Mais do que línguas dos anjos, profecias e mistérios, o amor é ação. O amor não é espetáculo de poder, mover montanhas. O amor é doação, dar aos pobres. O amor exige comprometimento, auto-doação, entregar o corpo para ser queimado.
 
O amor é ação, doação e auto-doação. 
 
Mas é possível agir em favor do outro sem amor. Doar sem amor. E auto-doar-se sem amor.
 
Então, amor é mais que ação, doação e auto-doação.
 
Falta alguma coisa na equação ação + doação + auto-doação para que descreva de fato o amor.
 
Quem ajuda, parte e reparte e se dedica inteiramente ao outro pensando em si mesmo, não age, não doa e não se entrega ao outro, mas a si mesmo. Faz pelo outro, mas na verdade investe em si mesmo. Pensando em si mesmo, usa o outro como pretexto para suas expectativas de retorno dos benefícios. Doa esperando esperando receber. Reparte esperando retribuição. Dedica-se esperando ser recompensado.
 
Lembra aquele favor que lhe fiz no passado? Lembra que eu lhe dei quando você precisou? É assim que você me paga tudo o que fiz por você? Dediquei minha vida para você e é isso o que recebo em troca? Eis aí algumas perguntas que evidenciam uma relação de pseudo-amor, quando a ação, a doação e a auto-doação ficaram escravas do amor exclusivo a si mesmo, isto é, falso amor.
 
Para sair desse embaraço, precisamos dar um passo além da ação, doação e auto-doação como implicações do amor, e acrescentar a expressão de Santo Agostinho: amar é não pensar em si mesmo.
 
Amor implica abnegação.
 
Quem não se esquece de si não é capaz de amar.
 
Quem não morre não ama.
 
 
- Ed René Kivitz
via Facebook
 

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