Líderes, não chefes

Líderes, não chefes

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

No title "...e no meio do fogo havia quatro vultos que pareciam seres viventes. Na aparência tinham forma de homem, mas cada um deles tinha quatro rostos e quatro asas." Ezequiel 1:5,6.

Quando desenvolvi minha teoria sobre liderança há alguns anos, pensei em usar como subtítulo "A utopia do ser". Porque a proposição que fiz, a partir de princípios bíblicos, poderia parecer, aos olhos do mundo, uma utopia - ideal, mas impraticável. Contudo, o que é impossível para os homens é possível para Deus. Por isso usei como subtítulo "A excelência do ser".

Continua sendo minha mais profunda convicção que a verdadeira liderança nega o individualismo, porque se realiza no corpo social, onde cada pessoa é um membro especializado. Também é cíclica e não linear, já que não somos líderes sempre, mas nos alternamos em liderar e ser liderados conforme nossa função especializada no corpo social e as circunstâncias que esse corpo enfrenta. É a liderança circunstancial.

Entre as várias figuras bíblicas que apelam para essa visão de liderança, o Querubim, ou Keruhb em hebraico, é uma que muito impressiona. O ser mais excelente, aquele mais próximo do trono de Deus, não é um indivíduo, é um corpo social com quatro tipos que lideram circunstancialmente conforme a direção que deve seguir.

Sabendo que o temperamento de cada pessoa não determina se é líder ou não, mas imprime um tipo de liderança útil em determinadas circunstâncias, temos que cada tipo do Keruhb é melhor para liderar em uma circunstância do ciclo organizacional: A face de boi, melancólico, lidera em circunstâncias onde os controles precisam ser aumentados; A face de leão, fleumático, lidera quando é necessário aproximar as pessoas; A face de águia, sanguíneo, lidera quando o organismo social precisa de inovação; A face humana, colérico, lidera quando é necessário imprimir esforço para a produção em escala.

Assim, há sempre uma nova circunstância em que as características de liderança de um membro são necessárias, mas o maior desafio do líder é ser liderado. Isso os chefes não sabem fazer.

José Bernardo , 46, casado com Vasti e pai de João Marcos e Isabella, é pastor, escritor e conferencista. Depois de uma significativa carreira em marketing, e bem sucedido pastorado, fundou, no ano 2.000, a missão AMME Evangelizar, com o propósito de ajudar as igrejas evangélicas brasileiras a cumprir a Grande Comissão. Sob sua liderança a AMME já ajudou mais de 30.000 igrejas a apresentar o Evangelho a mais de 90.000.000 de pessoas e agora avança para os outros países de língua portuguesa. www.evangelizabrasil.com  

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