A licença médica da promotora Deborah Guerner venceu neste domingo (10). Ela está afastada da função desde fevereiro de 2010, considerando licenças e férias. Segundo a assessoria do Ministério Público do Distrito Federal, até as 12h30 desta segunda-feira (11) a promotora ainda não havia apresentado novo pedido de licença.
Debora Guerner e o ex-procurador-geral Leonardo Bandarra são acusados dos crimes de extorsão, quebra de sigilo funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Segundo denúncias de Durval Barbosa, delator do suposto esquema do mensalão do DF, Guerner e Bandarra teriam cobrado R$ 2 milhões do ex-governador José Roberto Arruda para não divulgarem o vídeo em que ele aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa. O ex-procurador-geral do Ministério Público do DF e a promotora negam as acusações.
Paulo Sérgio Leite Fernandes, advogado de Deborah Guerner, disse nesta segunda que ela procurou um psiquiatra e fez novos exames físicos e psiquiátricos. O advogado afirmou ainda que a promotora está em tratamento médico, mas disse não saber se ela apresentará um novo pedido de licença médica.
Em 8 de junho, foram publicadas no "Diário Oficial da União" as punições determinadas pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para Bandarra e Deborah Guerner. Os conselheiros decidiram que Bandarra ficará afastado das funções por 150 dias, e Deborah Guerner, por 60 dias. De acordo com a assessoria do MP-DF, a promotora entrou com recurso e aguarda uma decisão final sobre o afastamento.
Deborah Guerner e o marido, Jorge Guerner, ficaram presos por oito dias na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, sob acusação de interferir no processo. Além disso, de acordo com Durval Barbosa, Bandarra e Guerner teriam cobrado propina para vazar informações da Operação Megabyte da Polícia Federal.
Insanidade
Segundo Jorge Guerner, a promotora tem esquizofrenia e transtorno bipolar e toma cerca de 8 a 10 remédios por dia. A defesa da promotora alegou insanidade para que ela não pudesse ser responsabilizada pelo suposto envolvimento no esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM.
No dia 2 de junho, a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu, por unanimidade, que a promotora não sofre de insanidade e, portanto, deve responder pelos crimes dos quais é acusada.
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