Peritos que realizaram a necropsia do corpo do economista brasileiro Gabriel Buchmann, 28, concluíram que ele morreu de hipotermia (redução brusca da temperatura corporal), segundo informações do Itamaraty. O corpo do rapaz foi encontrado na quarta, 5 de agosto, em uma montanha no Maláui, na África. Ele havia desaparecido no dia 17 de julho durante uma trilha no parque florestal.
A necropsia do corpo de Gabriel foi realizada nesta quinta-feira, dia 6, em um hospital no país, mas ainda não há informações se novos exames deverão ser realizados. Não foi informado o dia em que ele morreu, porém, o corpo não tinha marcas de ferimentos.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, com o corpo, foi localizada a máquina fotográfica de Gabriel, cujo último registro foi feito dois dias depois do seu sumiço, ou seja, no dia 19 de julho. Embora ele tenha sido localizado a mil metros do pico de Sapitwa, na montanha, a máquina continha fotos do topo, o que indica que ele morreu ao voltar da escalada.
Familiares disseram que Gabriel foi visto pela última vez por um guia de turismo quando escalava a montanha Mulanje, em um parque florestal do Maláui.
Ainda não há previsão para o corpo ser transportado para o Brasil. Os custos do traslado ao Rio, de acordo com o Itamaraty, ficarão sob responsabilidade da família.
Homenagem
A família de Gabriel chegou a criar um blog com notícias sobre as buscas pelo rapaz e informações sobre como ajudar nas buscas, que reuniram equipes brasileiras, africanas e canadenses.
Ontem, após a notícia da localização do corpo, familiares e amigos do economista divulgaram uma mensagem em sua homenagem. Leia a íntegra:
"Deus estendeu sua mão, e agora Gabriel caminha com Ele. É a hora do adeus. É com muita dor que lhes damos a notícia de que Gabriel, nosso amigo, filho, neto, parente, irmão de sangue e de vida nos deixou. Após 28 anos dando alegrias e mostrando o caminho a nós e a tantas outras pessoas, Gabriel partiu para o mundo espiritual. Esse espaço está aberto para o seu adeus."
Até o início da noite desta quinta-feira, já havia sido publicados mais de 370 comentários em resposta à mensagem no blog.
Viagem
Gabriel estava viajando pelo mundo desde 31 de julho do ano passado e voltaria ao Brasil em 28 de julho último. O Maláui seria o penúltimo país visitado pelo brasileiro, que concluiu mestrado em economia na PUC-Rio e iria iniciar doutorado sobre políticas públicas de apoio a populações pobres na Universidade da Califórnia (EUA), em agosto.
Ele chegou a Maláui em 10 de julho e no dia 17 iniciou a escalada da montanha. Estava acompanhado por um guia, mas, de acordo com o administrador do parque onde fica a montanha, dispensou o acompanhante aos 2.000 metros de altura. A escalada deveria terminar às 18hs daquele dia, mas o brasileiro sumiu.
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