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Ditador sírio decreta anistia geral em meio a marcha de apoio

Ditador sírio decreta anistia geral em meio a marcha de apoio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

O ditador sírio, Bashar Assad, anunciou nesta terça-feira uma anistia geral a todos os delitos cometidos antes de 20 de junho de 2011, um dia depois de prometer reformas amplas, mas vagas, para conter a revolta popular de três meses contra seu regime.

O perdão é o segundo em três semanas. Em 31 de maio, Assad decretou uma anistia geral que incluía os presos políticos e os membros da Irmandade Muçulmana para os réus que tivessem perpetrado delitos até aquele dia.

Nessa ocasião, o indulto consistia no perdão da metade da pena sempre e quando não houvesse uma denúncia interposta por um indivíduo. Centenas de prisioneiros políticos foram libertados. Mas ativistas de direitos humanos dizem que ainda há milhares esquecidos nas cadeias sírias.

A estimativa dos grupos de direitos humanos indica que mais de 10 mil foram detidos nestes três meses e centenas são presos todos os dias na repressão aos oposicionistas na fronteira com a Turquia.

A agência oficial síria Sana divulgou a decisão em uma nota urgente e não ofereceu mais detalhes.

A medida vem em um dia em que dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas do centro de Damasco para manifestar apoio a Assad e a seu programa de reformas.

As passeatas acontecem em Damasco, Aleppo (norte), Deraa (sul), Homs (centro) e Tartus (leste), entre outras cidades.

Na capital, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça de Amawin, próxima à Mesquita dos Omíada, onde tremulavam bandeiras sírias e mostravam retratos de Assad, segundo as imagens emitidas pela emissora de televisão.

Eles exibiam bandeiras sírias e gritavam frases como "Nos sacrificaremos por Bashar", "Deus, Síria, Bashar, e nada mais". Também defendem a "unidade nacional" e o "diálogo nacional".

A agência de notícias oficial Sana informou que "milhões de sírios se mobilizaram nas grandes cidades do país para apoiar o plano de reformas globais anunciado por Assad".

Além disso, a anistia foi anunciada apenas um dia depois de o líder oferecer um discurso na Universidade de Damasco no qual defendeu um diálogo nacional para pôr fim à crise e seguir com as reformas.

Em sua alocução, a terceira desde que começaram os protestos, Assad voltou a denunciar a existência de uma "conspiração internacional" contra a Síria e acusou grupos armados e radicais islâmicos de estar por trás da revolta.

Segundo o opositor Observatório Sírio para os Direitos Humanos, 1.310 civis e 341 militares e policiais morreram desde meados de março pela repressão das manifestações.

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