Enquanto se debate o modelo de privatização dos principais aeroportos do país, especialistas sugerem incluir o terceiro setor na administração de unidades deficitárias, informa reportagem de Mariana Barbosa para a Folha .
"O aeroporto é uma infraestrutura vital para o desenvolvimento. Usamos o modelo de organizações sem fins lucrativos para administrar hospitais, por que não aeroportos?", diz o especialista em regulação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Dorieldo dos Prazeres.
A proposta foi apresentada ontem, durante um seminário na feira de jatos executivos Labace.
Veja imagens da feira de jatinhos
O Brasil tem 745 aeroportos de uso público, segundo a Anac. Desses, apenas 24 são lucrativos. Outros 15 são sustentáveis. Se bem administrados, podem vir a dar lucro.
A maioria dos 706 restantes, que recebem menos de 400 mil passageiros por ano e não têm potencial para gerar resultado, acaba nas mãos de prefeituras e Estados que não têm interesse ou recursos para administrá-los.
Em alguns municípios, empresas privadas com grandes operações no interior do país, como é o caso da Usiminas e da Jari Celulose, assumem os aeroportos, mesmo que deficitários, por interesse próprio.
"Nem sempre você tem empresas interessadas em bancar o aeroporto. Por que não permitir que entidades sem fins lucrativos administrem esses aeroportos?"
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