As associações da indústria criticaram nesta quarta-feira a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) de elevar a taxa básica de juros (Selic), que passou de 11,25% para 11,75% ao ano. A medida foi classificada como inadequada e exagerada.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) declarou em nota que o aumento "é um exagero, pois as medidas tomadas pelo Banco Central em dezembro, como o aumento do compulsório, já estão reduzindo a pressão inflacionária".
"O Banco Central está incorrendo no perigoso erro pelo excesso", advertiu Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. Segundo ele, os impactos desse ciclo de elevação da taxa de juros irão desaquecer a economia ainda mais no futuro próximo.
Já a CNI (Confederação Nacional da Indústria) chamou a medida de "inadequada" por desconsiderar a tendência atual de evolução dos preços e da atividade econômica.
"Há indicadores recentes que confirmam o desaquecimento da atividade, provocado por medidas de restrição ao crédito, pela valorização do câmbio e a elevação dos juros em janeiro", disse o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade.
A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) avaliou que o ciclo de aperto monetário "imporá elevados custos ao país em termos de financiamento de longo prazo, produção e geração de empregos".
Em comunicado, a federação diz que "o cenário atual requer um ajuste fiscal verdadeiro, livre de artifícios contábeis e que efetivamente reduza a pressão exercida pelo consumo do governo sobre a demanda."
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições