“Pedimos às igrejas que orem”, diz hospital evangélico de Barcelona com muitos infectados

Gerenciar a situação com sensibilidade emocional e força espiritual também é um desafio para os profissionais de saúde evangélicos.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical FocusAtualizado: quarta-feira, 1 de abril de 2020 às 11:58
O Nou Hospital Evangèlic criou uma área especial para pacientes com coronavírus. (Foto: Reprodução/Evangelical Focus)
O Nou Hospital Evangèlic criou uma área especial para pacientes com coronavírus. (Foto: Reprodução/Evangelical Focus)

O Nou Hospital Evangèlic (Novo Hospital Evangélico), de Barcelona, chama as igrejas para orarem por seu trabalho durante essas semanas. “O poder de Deus deve ser mostrado nos dias de hoje, e pedimos por meio da oração”, ressalta o gerente do hospital, Reyes Gualda Gualda.

“Pedimos seu apoio em oração para que, em meio a essa pandemia, o hospital possa continuar sendo uma luz. E também por sabedoria e criatividade, porque as circunstâncias excedem nossas capacidades. Não temos dúvidas de que Deus nos guiará”, conclui.

Os profissionais de saúde são os que mais lidam e testemunham diretamente o impacto da pandemia de coronavírus na população.

Longas horas de trabalho são combinadas com exposição constante à propagação do vírus e uma profunda percepção da morte, que requer muito mais do que habilidades médicas.

Gerenciar a situação com sensibilidade emocional e força espiritual também é um desafio para os profissionais de saúde evangélicos.

Estou recebendo pacientes diagnosticados com o Covid-19 para “apoiar outros hospitais que recebem o maior número de casos, para que, por sua vez, possam atender mais pessoas. Temos uma área para esses casos e que já está completamente cheia, por isso tivemos que designar um novo espaço”, diz Gualda.

A situação requer um esforço extraordinário de todo o hospital, tanto da equipe médica quanto da limpeza. O material básico é "escasso", eles admitem.

Nesse cenário complicado, todo o planejamento é modificado continuamente para atender às necessidades de mudança. É por isso que o Nou Hospital Evangèlic ressalta que não sabe “o que acontecerá nos próximos dias” e pede “oração para que a equipe saiba como manter a calma, ter uma visão clara e ter sucesso na tomada de decisões”.

“O gerenciamento desta pandemia é realmente caro”

O Nou Hospital Evangèlic também explicou que “tiveram que contratar mais pessoas. Estamos à procura de pessoas para trabalhar no hospital. Nós precisamos de enfermeiros”.

Apesar de terem a área com pacientes diagnosticados com Covid-19 isolados, até 40% dos profissionais de saúde do centro são afetados pelo vírus e 25% estão em quarentena, sem saber ainda se foram infectados.

Além da necessidade de oração e equipe, o hospital também alerta sobre as consequências econômicas de enfrentar uma crise como essa.

“O gerenciamento dessa pandemia é realmente caro. Do material, aos recursos humanos que precisam estar bem equipados”, diz Gualda.

Por isso, lançaram várias iniciativas, para obter material e aliviar os gastos extraordinários que o centro enfrenta atualmente. Uma das iniciativas é uma campanha da Sociedade Bíblica que busca gerar doações que serão inteiramente do hospital.

A plataforma Coronavirusmarkets.org também doou máscaras para o Nou Hospital Evangèlic e a equipe de voluntários continua trabalhando em casa, fabricando sacolas plásticas para proteger as roupas, “caso não recebamos mais”.

Cuidados espirituais e médicos

Os médicos do hospital Nou Evangèlic “chamam os parentes dos pacientes todos os dias para informar sobre sua condição”. Eles também disponibilizaram tablets com câmeras de vídeo para pacientes que não possuem telefones celulares, disponibilizaram as televisões nos quartos e em breve criarão uma seção de informações em seu site para relatar as últimas notícias do centro.

“Criamos um grupo de apoio liderado pelo psicólogo do hospital, o conselheiro espiritual e o coordenador voluntário, encarregado de chamar parentes para acalmá-los e controlar a ansiedade que estão enfrentando atualmente”, diz o gerente do hospital.

Segundo o gerente, “as pessoas estão muito nervosas por não poderem ver os parentes que têm no hospital e preocupadas com eles”.

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