Número de evangélicos deve ultrapassar católicos no Brasil a partir de 2032, aponta estudo

De acordo com os últimos dados oficiais, atualmente há aproximadamente 22 milhões de evangélicos.

Fonte: Guiame, com informações da VejaAtualizado: quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020 às 11:52
Eventos evangélicos reúnem, cada vez mais, grandes multidões. (Foto: Masao Goto/Veja)
Eventos evangélicos reúnem, cada vez mais, grandes multidões. (Foto: Masao Goto/Veja)

A população que se declara evangélica deve ultrapassar pela primeira vez o total de católicos no país a partir de 2032, quando o número absoluto de seguidores de cada uma das duas religiões deve ficar em torno de 90 milhões.

De acordo com os últimos dados oficiais, há aproximadamente 22 milhões de evangélicos (22% do total) contra 125 milhões de adeptos do catolicismo (64%).

Os números constam em estudo do demógrafo José Eustáquio Alves, professor aposentado da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE.

Segundo o especialista, o número de brasileiros adeptos da religião evangélica cresce em média 0,8% ao ano desde 2010, enquanto a quantidade de católicos diminui 1,2% no mesmo período. Com isso, a progressão geométrica aponta para que cada uma das duas religiões correspondam a cerca de 40% da população em 2032. Se a curva se mantiver, a partir daquele ano, portanto, os evangélicos devem se tornar maioria no país.

“Estamos vivendo uma transição religiosa nos últimos anos”, diz Eustáquio Alves, que estende sua avaliação para todos os países da América Latina.

A alteração mais emblemática no quadro religioso do Brasil, porém, deve ser confirmada em 2022, quando há previsão de os católicos representarem, pela primeira vez, menos de 50% da população.

Para o pesquisador, os resultados das últimas eleições gerais, que ampliaram a presença de evangélicos no Congresso, são o reflexo mais direto deste fenômeno no Brasil.

Nos Estados Unidos, onde está a maior população absoluta de evangélicos do mundo, o fenômeno é diferente, segundo Alves. “Os que se declaram sem religião são os que mais crescem lá”, diz o pesquisador. 

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