Mais de 14 mil agressores são presos por crimes contra mulheres no Brasil

Entre as vítimas, estima-se que haja pelo menos 40% de mulheres evangélicas.

Fonte: Guiame, com informações de Agência BrasilAtualizado: segunda-feira, 27 de setembro de 2021 às 13:37
Cerca de 300 homens foram presos durante a Operação Respeito, no Paraná, em 2019. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)
Cerca de 300 homens foram presos durante a Operação Respeito, no Paraná, em 2019. (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), na última sexta-feira (24), mais de 14 mil pessoas foram presas por violência doméstica, por descumprirem as medidas protetivas e cometer crimes contra a mulher.

Os dados são do período relativo a 20 de agosto e 20 de setembro, conforme a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. A Operação Maria da Penha tem como objetivo aprimorar o sistema de proteção às vítimas.

Já é a segunda operação policial, deste ano, para prender agressores de mulheres.  A primeira foi em março — Operação Resguardo — que prendeu mais de 10 mil agressores.

Um marco no combate à violência contra mulheres

“Posso afirmar que este é um governo que tem um olhar diferente para a proteção da mulher”, disse a ministra na ocasião da primeira Operação.

As duas operações foram organizadas e coordenadas pelo Ministério da Justiça que usou como base as denúncias que chegaram ao canal “Ligue 180” do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

“Foram 127 mil mulheres atendidas em uma única operação. Não sei se em outro lugar do mundo já aconteceu algo parecido”, observou Damares. “No Governo Bolsonaro nenhuma mulher ficará para trás”, continuou.

“Obrigada ministro Anderson Torres e toda equipe do MJSP. Meu agradecimento especial a todos os  policiais, delegados e agentes que estiveram envolvidos na operação”, agradeceu a ministra.

Violência contra a mulher no meio cristão

Entre as mulheres atendidas também estão as evangélicas. Na última Operação, em março deste ano, Damares lembrou que, durante a pandemia, o número de agressões contra mulheres cristãs também aumentou bastante.

De acordo com as pesquisas realizadas na época, 40% das denúncias feitas nos órgãos especializados é realizada por mulheres que se denominam evangélicas, sem levar em conta a omissão daquelas que são manipuladas a não fazer a denúncia.

A ministra, que também é pastora, disse que há distorções bíblicas quando o tema é “submissão”. Se a palavra não for aplicada adequadamente no cotidiano, pode causar alguns estragos na vida de muitas mulheres. 

A Bíblia diz que “assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.” (Efésios 5.24). Mas o texto fora de contexto pode ser bem contraditório. 

Ela aponta que o ideal bíblico é que os “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela.” (Efésios 5.25). “O ciclo da violência não é normal. Ser um homem cristão é proteger a mulher com a sua própria vida”, concluiu.

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