Israel e Emirados Árabes Unidos selam acordo de paz histórico

Como parte do tratado, Israel concordou em suspender os planos de anexação de áreas da Cisjordânia.

Fonte: Guiame, com informações da CNN BrasilAtualizado: quinta-feira, 13 de agosto de 2020 às 17:25
Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e xeique Mohammed Bin Zayed, dos Emirados Árabes. (Fotos: Reprodução / EFE)
Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, e xeique Mohammed Bin Zayed, dos Emirados Árabes. (Fotos: Reprodução / EFE)

Israel e Emirados Árabes Unidos selaram um acordo de paz histórico nesta quinta-feira (13), que deve levar a uma normalização completa das relações diplomáticas entre os dois países do Oriente Médio.

O tratado contou com a ajuda do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse que este é "um acordo histórico".

"Enorme avanço hoje! Acordo de paz histórico entre nossos dois grandes amigos, Israel e Emirados Árabes Unidos", escreveu o líder norte-americano no Twitter. Vão trocar embaixadas e embaixadores e "vão começar a cooperação em todos os âmbitos".

Trump afirmou ainda que espera que outros países sigam o exemplo dos Emirados Árabes no futuro. "Já estamos discutindo isso com outras nações."

O presidente norte-americano divulgou no Twitter uma extensa declaração conjunta entre EUA, EAU e Israel, e qualificou o acordo como "normalização total das relações" entre as duas nações do Oriente Médio.

Como parte do tratado, Israel concordou em suspender os planos de anexar áreas da Cisjordânia, informaram altos funcionários da Casa Branca.

Acordos de Abraham

O acordo é produto de longas conversas entre Israel, Emirados Árabes e EUA, que se aceleraram recentemente, segundo as fontes. O tratado foi selado através de uma ligação por telefone nesta quinta entre Trump, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e o xeque Mohammed Bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.

A declaração divulgada por Trump afirma que a "normalização das relações e a diplomacia pacífica reunirão dois dos sócios regionais mais confiáveis e capazes dos EUA", e que as nações se reunião com Washington para lançar uma agenda estratégica para o Oriente Médio sobre cooperação diplomática, comercial e de segurança.

As autoridades descreveram o pacto, que ficará conhecido como Acordo de Abraham, como o primeiro desse tipo desde que Israel e Jordânia assinaram um tratado de paz em 1994. Ele também dá a Trump uma conquista relacionada à política externa, enquanto trabalha para conseguir se reeleger nas eleições presidenciais de 3 de novembro.

Benjamin Netanyahu se pronunciou no Twitter sobre o acordo e citou Trump, mencionando que se trata de "um dia histórico".

O embaixador dos Emirados Árabes nos EUA, Yousef Al Otaiba, também emitiu um comunicado elogiando o anúncio como uma "vitória para a diplomacia e a região". "É um avanço significativo nas relações árabes-israelenses, que reduz as tensões e dá energia para uma mudança significativa", afirmou ele.

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