Em primeiro discurso, Bolsonaro diz que irá conservar valores judaico-cristãos

O presidente Jair Bolsonaro tomou posse do cargo sob aplausos de uma multidão que se reuniu nesta terça-feira (1º) em Brasília.

Fonte: Guiame, com informações do UOLAtualizado: terça-feira, 1 de janeiro de 2019 às 21:08
Presidente Jair Bolsonaro ao lado de sua esposa, Michelle Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Evaristo Sá/AFP)
Presidente Jair Bolsonaro ao lado de sua esposa, Michelle Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Evaristo Sá/AFP)

Jair Bolsonaro (PSL) tomou posse como o 38º presidente do Brasil nesta terça-feira (1º), em cerimônia no Congresso Nacional, para o mandato entre 2019 e 2022.

Em seu primeiro discurso de posse, Bolsonaro disse que pretende tornar o país livre de “submissão ideológica”. Ele também destacou que vai “unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã, combater a ideologia de gênero, conservando nossos valores. O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas”.

No início do discurso, ele agradeceu a Deus pela sobrevivência ao ataque na campanha eleitoral. “Hoje, aqui estou, fortalecido, emocionado e profundamente agradecido, a Deus pela minha vida e aos brasileiros, por confiarem a mim a honrosa missão de governar o Brasil, neste período de grandes desafios e, ao mesmo tempo, de enorme esperança”.

Chegando ao fim, o novo presidente declarou: “Com a benção de Deus, o apoio da minha família e a força do povo brasileiro, trabalharei incansavelmente para que o Brasil se encontre com o seu destino e se torne a grande nação que todos queremos”, disse ele, destacando o slogan de sua campanha: “Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!”

Discurso ao povo

Usando a faixa presidencial, Bolsonaro discursou à população em defesa do restabelecimento dos “padrões éticos e morais” do Brasil e se comprometeu a “libertar o país do socialismo, da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto”.

“Não podemos deixar que ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e tradições, destroem nossas famílias, alicerce da nossa sociedade. E convido a todos para iniciarmos um movimento nesse sentido. Podemos, eu, você e as nossas famílias, todos juntos, reestabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil”, disse o presidente.

Ao fim do segundo discurso, Bolsonaro repetiu um slogan usado por seus apoiadores: “a nossa bandeira jamais será vermelha”.

Presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão exibem uma bandeira nacional no Palácio do Planalto em Brasília. (Foto: Evaristo Sá/AFP)

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, quebrou o protocolo e realizou um discurso em libras, antes da fala do presidente. Ela destacou sua gratidão a Deus e disse ainda que os portadores de deficiências “serão valorizados e terão seus direitos respeitados”.

Presenças internacionais

Dez chefes de Estado e de governo participaram da cerimônia de posse. Também participaram três vice-presidentes, 12 chanceleres, 18 enviados especiais e três diretores de organismos internacionais.

Entre os presentes estavam o primeiros-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou no Twitter o discurso de posse de Bolsonaro. “Parabéns ao presidente Jair Bolsonaro que acaba de fazer um ótimo discurso de posse – os EUA estão com você!”, escreveu.

Também estavam presentes o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán e os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, do Paraguai, Mario Abdo Benítez, do Uruguai, Tabaré Vázquez, da Bolívia, Evo Morales, de Honduras, Juan Orlando Hernández, de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, além do primeiro-ministro do Marrocos, Saadeddine Othmani.
Os governos da China e Rússia enviaram representantes: Ji Bingxuan, vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular (Parlamento chinês), representou a China, enquanto da Rússia veio o presidente da Duma (Câmara dos Deputados) Vyacheslav Volodin.

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