Brasil prepara aliança com EUA para defender liberdade religiosa

Aliança será selada entre o chanceler brasileiro Ernesto Araújo e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Fonte: Guiame, com informações da FolhaAtualizado: quinta-feira, 12 de setembro de 2019 às 19:24
Secretário de Estado americano, Mike Pompeo e chanceler Ernesto Araújo. (Foto: Reprodução/EBC)
Secretário de Estado americano, Mike Pompeo e chanceler Ernesto Araújo. (Foto: Reprodução/EBC)

Aliança Internacional para Liberdade Religiosa será um dos principais assuntos do encontro do chanceler Ernesto Araújo com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, nesta sexta-feira (13), em Washington.

Os Estados Unidos apostam na aliança como um dos pilares de sua política externa, e o Brasil deve ser um dos membros fundadores do órgão.

De acordo com a publicação, a cooperação na ofensiva contra discriminação religiosa no mundo é considerada ponto-chave da parceria estratégica entre os dois países.

A iniciativa visa a defender todas as religiões, mas o tema foi abraçado especialmente por evangélicos e católicos mais atuantes. “Estamos totalmente de acordo com o conceito e com o esforço de promover a liberdade religiosa para todas as religiões ao redor do mundo”, disse à Folha o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que se reuniu nesta quarta-feira (11) com Sam Brownback, embaixador dos EUA para Liberdade Religiosa.

Os Estados Unidos realizaram sua segunda reunião sobre o tema em julho, com presença de Damares Alves, titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e do pastor Sérgio Queiroz, secretário nacional de Proteção Global do ministério.

Em sua participação, Damares disse estar “particularmente apreensiva com a perseguição contra cristãos”, mas mencionou que o Brasil dará atenção especial às religiões de matriz africana. Participaram do encontro delegações de 106 nações, com representantes de diversas religiões.

Países com histórico de perseguição religiosa, como Irã, China e Arábia Saudita, não compareceram, embora outros que também registram altos níveis de restrição, segundo o Pew Research Center, como Israel, Emirados Árabes e Egito, estivessem presentes.

“As pessoas acham que lutar por liberdade religiosa é só luta pelos cristãos, mas isso não é verdade; tratamos de todas as religiões —as de matriz africana são perseguidas na América Latina, muçulmanos na Europa e, no Oriente Médio, o maior alvo são os cristãos”, disse à Folha o secretário Sérgio Queiroz, completa a Folha.

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