Pastora é presa por evangelizar com filha e neto de 3 anos, na China

As autoridades não informaram se as mulheres estão sob detenção criminal ou administrativa.

Fonte: Guiame, com informações do Christian HeadlinesAtualizado: segunda-feira, 9 de outubro de 2017 às 20:10
A pastora já havia pastoreado a igreja de Hongqiao, uma congregação clandestina. (Foto: Reprodução).
A pastora já havia pastoreado a igreja de Hongqiao, uma congregação clandestina. (Foto: Reprodução).

A perseguição contra cristãos na China está cada vez maior. Enquanto um bandido contratado pelo governo local ameaçava matar uma família cristã, policiais de uma província vizinha prenderam uma pastora, sua filha e seu neto de três anos. Em Xinning, província de Hubei, na parte central do país, policiais e funcionários de assuntos religiosos detiveram a cristã Xinhai Shizhen, sua filha Xu Yuqing, e o filho Xu Shouwang, na noite de 22 de setembro, de acordo com o grupo de advocacia China Aid Association.

A pastora e sua filha tinham participado de um trabalho evangelístico realizado por uma igreja não registrada, a Igreja de Zion, para proclamar Cristo em parques públicos, de acordo com a China Aid. No evangelismo, que incluiu músicas, dança e instrumentos, as mulheres compartilharam o Evangelho. Em outros evangelismos, as autoridades locais, a segurança pública e a agência do departamento de segurança nacional já haviam interrompido as ações.

Os membros da família que consultaram a polícia no dia 24 de setembro descobriram que os oficiais separaram a mãe da criança, mantendo-o na estação enquanto transferia sua mãe sua avó em outro local, de acordo com a China Aid. A organização informou que ninguém sabe se as mulheres estão sob detenção criminal ou administrativa.

Expulsos

Anteriormente, em 13 de setembro, o Diretor Adjunto do Departamento de Assuntos Religiosos do Distrito de Xianan, Yang Haijun, liderou um grupo de policiais para a Change Square, onde Xu Shizhen e outros membros da igreja se reuniram para conversar com pessoas sobre Cristo.

"Os funcionários detiveram três cristãos e expulsaram os evangelistas da praça", relatou a Christian Aid.

O gabinete de assuntos religiosos, em 23 de agosto, enviou a Xu Shizhen um aviso acusando a igreja de violar os Regulamentos sobre Assuntos Religiosos e ordenou que ela parasse o trabalho missionário, de acordo com o grupo de advocacia.

Xu já havia pastoreado a igreja de Hongqiao, uma congregação clandestina que se tornou parte da Igreja oficial em abril de 2012, depois que autoridades ocuparam a construção e danificaram a propriedade. A China Aid informou que quando ela saiu para começar uma nova igreja, a polícia continuou a persegui-la.

Família ameaçada

No dia 21 de setembro, em Nanyang, província vizinha de Henan, um funcionário ameaçou matar uma família cristã por tentar colher amendoim em um campo que os matadores contratados pelo governo haviam aproveitado no ano passado. Quando Bai Fengju, um cristão e seus familiares chegaram no campo naquela manhã, a gangue os impediu de colher amendoim do plantio do ano passado.

"Liu Zigeng, um homem que encabeçou a mesma gangue para confiscar uma parcela da propriedade de Bai em uma tentativa apoiada pelo governo de construir uma estrada que levava a um templo budista, ameaçou matar toda a família de Bai se eles juntasem os amendoins", disse a China Aid. Liu havia destruído brotos de feijão pertencentes à família de Bai e acabando com as terras agrícolas para construir uma estrada que conecta um templo budista a uma área fora da aldeia, informou o grupo.

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