Local onde Jesus multiplicou pães e peixes é descoberto por arqueólogos

Foram encontrados restos do povoado onde os apóstolos Pedro, André e Felipe moravam e onde aconteceu o milagre da multiplicação dos pães e peixes.

Fonte: Guiame, com informações de HaaretzAtualizado: terça-feira, 8 de agosto de 2017 às 14:53
Arqueólogos descobriram evidências da cidade perdida de Julias, onde viviam Pedro, André e Filipe. (Foto: Menahem Kahana/AFP)
Arqueólogos descobriram evidências da cidade perdida de Julias, onde viviam Pedro, André e Filipe. (Foto: Menahem Kahana/AFP)

Arqueólogos israelenses encontraram restos do povoado onde os apóstolos Pedro, André e Felipe moravam e onde aconteceu o milagre da multiplicação dos pães e peixes.

As ruínas de Betsaida (Julias) foram descobertas no norte do Mar da Galiléia, na Reserva Natural do Vale de Betsaida, como é conhecida hoje. Segundo a equipe de pesquisadores, havia restos de uma cidade, e não apenas de uma vila de pescadores.

A existência da cidade de Julias foi indicada pela primeira vez pelo historiador judeu Josephus Flavius ​​(37-100 d.C.), que havia afirmado que a vila de pescadores de Betsaida foi transformada em uma cidade-Estado, construída pelo rei Filipe, filho do rei Herodes.

Existem três locais candidatos para Julias — Betsaida e el-Araj. No entanto, depois de encontrarem restos da casa de banho romana, os arqueólogos chegaram à conclusão de que este local, na margem do norte do Mar da Galiléia, era o candidato mais forte.

“Josephus informou que o rei tinha transformado Betsaida de uma aldeia para uma pólis, uma cidade-Estado”, disse o Dr. Mordechai Aviam, da Faculdade de Kinneret ao Haaretz. “Ele não disse que tinha sido construído ao lado ou embaixo dela. E, de fato, durante todo esse tempo, não sabemos onde foi. Mas a casa de banho atesta a existência da cultura urbana”.

Os arqueólogos encontraram uma camada do período romano a dois metros abaixo do nível do período bizantino. A camada romana continha jarros de cerâmica do 1º ao 3º século a.C., um mosaico e restos da casa de banho. Também foram encontradas duas moedas e um denário de prata com registros do Imperador Nero.

Além disso, os pesquisadores encontram uma indicação de que havia uma igreja rica e importante no local.

Os geólogos Prof. Noam Greenbaum, da Universidade de Haifa, e o Dr. Nati Bergman, do Laboratório Limnológico de Yigal Alon Kinneret, estudaram as camadas e concluíram que o local estava coberto de lama e argila, que eram transportadas pelo rio Jordão no período romano.

Mais tarde, no período bizantino, o local foi reassentado, conforme concluem os arqueólogos.

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