Igreja da Inglaterra considera o uso de “gênero neutro” para Deus

O uso de 'ele' ao se referir a Deus pode ser considerado pela Igreja.

Fonte: Guiame, com informações do The GuardianAtualizado: quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023 às 17:31
Catedral de Bristol, na Inglaterra. (Foto: V2F/Unsplash)
Catedral de Bristol, na Inglaterra. (Foto: V2F/Unsplash)

A Igreja da Inglaterra está considerando se deve parar de se referir a Deus como “ele”, depois que líderes pediram permissão ao sínodo para usar termos neutros em relação ao gênero

Segundo o jornal britânico The Guardian, a igreja pretende lançar uma nova reunião sobre o assunto na primavera. Quaisquer possíveis alterações, que marcam um afastamento dos ensinamentos tradicionais, devem ser aprovadas pelo sínodo, o órgão de decisão da Igreja.

Michael Ipgrave, Bispo da cidade Lichfield e vice-presidente da comissão litúrgica responsável pelo assunto, disse que a igreja tem “explorado o uso da linguagem de gênero em relação a Deus por vários anos”.

O bispo foi questionado no sínodo sobre o progresso no desenvolvimento de “linguagem mais inclusiva” nas atividades e respondeu:

“Depois de algum diálogo entre as duas comissões nesta área, um novo projeto conjunto sobre linguagem de gênero começará nesta primavera”, disse ele. 

Os detalhes do projeto ainda não foram esclarecidos

Não está claro o que substituiria o termo ‘Pai Nosso’ na Oração que Jesus ensinou descrita no livro de Mateus.

As possíveis mudanças receberam críticas de líderes conservadores da denominação, alegando que a modificação não representa o que diz a Palavra de Deus.

“O fato de que Deus é chamado de 'Pai' não pode ser substituído por 'Mãe' sem mudar o significado, nem pode ser neutralizado em termos de gênero para 'Pai' sem perda de significado”, disse o reverendo Dr. Ian Paul disse ao jornal britânico Telegraph.

De acordo com o The Guardian, um membro da Igreja da Inglaterra disse: “Isso não é novidade. Os cristãos reconheceram desde os tempos antigos que Deus não é homem nem mulher, mas a variedade de maneiras de se dirigir e descrever Deus encontradas nas Escrituras nem sempre se refletiu em nossa adoração”.

Há mais de 20 anos, essas novas linguagens de introdução têm sido exploradas como forma de uso. E segundo o The Guardian, nenhum plano para abolir ou revisar substancialmente as liturgias atualmente autorizadas, pode ser feito sem uma legislação extensa. 

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