Estado Islâmico usa cristãs como escravas sexuais para recrutar estupradores

O Estado Islâmico está obrigando as vítimas a casarem com seus abusadores.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: segunda-feira, 16 de outubro de 2017 às 13:52
Até agora, o Estado Islâmico capturou e abusou sexualmente de pelo menos 63 mulheres na Líbia. (Foto: Reuters).
Até agora, o Estado Islâmico capturou e abusou sexualmente de pelo menos 63 mulheres na Líbia. (Foto: Reuters).

O Estado Islâmico está usando cristãs como escravas sexuais para atrair abusadores e estupradores e recrutá-los para missões de campo. Uma nova pesquisa realizada por Nikita Malik revelou que a escravidão moderna e a violência sexual têm sido componentes importantes no crescimento do grupo extremista em toda a África e no Oriente Médio, de acordo com a Sociedade Henry Jackson.

"Os terroristas são traficantes e os traficantes são criminosos, por isso é natural que esses grupos funcionem juntos", disse Malik. "Os terroristas têm uma motivação ideológica adicional, usando propaganda para justificar a escravidão e o abuso de mulheres tidas como “descrentes”. À medida que os grupos começam a perder território, eles começam a ganhar força nas rotas de tráfico que estão sendo exploradas".

O Estado Islâmico vem tentando legitimar sua escravidão usando a religião como justificativa e obrigando as vítimas a casarem com seus abusadores, de acordo com The Independent. Eles punem aqueles que não concordam com sua ideologia e recompensam aqueles que estão de acordo. Na verdade, os novos recrutas e combatentes estrangeiros recebem um "incentivo" que é para eles um grande fator de atração, esposas e escravas sexuais.

Próxima geração de jihadistas

"Os elementos religiosos são infundidos nas práticas de violência sexual para enxergar o abuso como algo justo", revelou o estudo. "As inseminações forçadas, as gravidezes forçadas e as conversões forçadas são um meio para garantir a próxima geração de jihadistas", ressaltou.

Até agora, o Estado Islâmico capturou e abusou sexualmente de pelo menos 63 mulheres na Líbia. Muitas foram vítimas de abuso sexual por contrabandistas e foram forçadas a se prostituirem.

Força-tarefa

A pesquisa de Malik disse que a ligação entre a violência sexual, o tráfico e o terrorismo não recebeu muita atenção. No entanto, ela têm insistido para que o governo britânico crie uma força-tarefa jurídica internacional que funcione com organizações não governamentais, instituições de caridade e embaixadas em todo o mundo para abordar esta questão.

O deputado conservador Henry Smith, que está no Comitê de Desenvolvimento Internacional, concorda com as descobertas de Malik. Ele disse que a "interconectividade entre tráfico de seres humanos, violência sexual e terrorismo" deve ser atendido. "É claro que a violência sexual é predominante no tráfico de seres humanos e no terrorismo - e o tráfico de seres humanos está se tornando mais estreitamente relacionado com o terrorismo", acrescentou.

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