Escola proíbe treinador de orar antes dos jogos: "Se você falar com Deus, está demitido"

Joe Kennedy entrou com uma ação contra a escola Bremerton, em Washington, após ter sido proibido de orar em campo.

Fonte: Guiame, com informações de Charisma NewsAtualizado: quinta-feira, 28 de junho de 2018 às 15:18
O treinador Joe Kennedy foi proibido pela escola Bremerton de orar em campo. (Foto: Fox News)
O treinador Joe Kennedy foi proibido pela escola Bremerton de orar em campo. (Foto: Fox News)

Um treinador de futebol americano dos Estados Unidos está tendo que batalhar pelo direito de expressar sua fé em campo, ainda que a atitude não seja evangelística, mas sim pessoal: a oração silenciosa. Após fazer uma oração antes e depois de um jogo, o distrito escolar ameaçou demitir Joe Kennedy caso ele orasse novamente.

Kennedy foi demitido em 2015 da Escola de Ensino Médio Bremerton, no estado de Washington, depois que se ajoelhou para orar antes e após um jogo de futebol americano. "O distrito escolar disse a ele: 'Se você falar com Deus, você está demitido", revelou Berry no programa de rádio Todd Starnes.

Mas segundo seu advogado, Michael Berry, do Instituto First Liberty, a escola "escolheu o guerreiro errado para tentar abater".

Desde 2008, Kennedy se ajoelhava discretamente após cada partida de futebol para honrar um pacto que fez com Deus.

"Essa oração envolvia apenas ele, de forma silenciosa ou muito quieta, e não durava mais do que 15 ou 30 segundos", disse Berry. "Isso aconteceu por sete anos sem uma única reclamação ou problema, mas como todos sabemos, nenhuma boa ação fica impune".

Temendo uma possível ação judicial contra ateus ou secularistas, o distrito escolar ordenou que o treinador Kennedy parasse de orar. Foi-lhe dito que ele não poderia nem inclinar a cabeça ou fazer qualquer coisa que desse a impressão de que ele estava orando a Deus.

No entanto, o treinador foi demitido quando se recusou a obedecer.

"Quando o governo coloca você em uma posição em que você tem que escolher entre a sua fé e seu trabalho, isso é algo que nenhum americano deveria experimentar", disse Berry.

Na segunda-feira (26), o First Liberty Institute apresentou uma petição para a revisão do caso do treinador Kennedy na Suprema Corte dos EUA. Berry acredita que poderia ser um caso de estabelecimento de precedentes.

"Isso pode definir se os funcionários das escolas públicas perderão seus direitos da Primeira Emenda apenas por serem funcionários da escola pública", disse Berry no programa de rádio.

Kennedy está pedindo seu emprego de volta, para que ele possa começar a fazer o que ama novamente.

"O Supremo Tribunal dos EUA é praticamente o fim da estrada quando se trata de apelar a uma decisão legal", disse Berry. "Pedimos ao tribunal para reverter a decisão do Nono Circuito e do Tribunal Distrital de Washington".

A ironia é que, nos EUA, está tudo bem se os treinadores se ajoelham para protestar contra o governo, mas é ilegal os profissionais de escolas públicas se ajoelharem para orar a Deus.

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