Empresário ofertou negócio para ajudar favela e ser pastor: “Eu só queria servir a Deus”

O pastor Joel Engel falou ao Guiame sobre o início de seu ministério, quando desistiu de ser empresário para se tornar pregador nas ruas do Rio Grande do Sul.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quinta-feira, 22 de outubro de 2020 às 15:08
Pastor Joel Engel durante entrevista ao vivo com o Guiame. (Foto: Guiame)
Pastor Joel Engel durante entrevista ao vivo com o Guiame. (Foto: Guiame)

Joel Engel viveu altos e baixos como empresário no Rio Grande do Sul, na década de 1980. Mas depois de um encontro com Deus e uma fase de prosperidade nas empresas, ele decidiu doar tudo o que tinha, abandonar a carreira e se tornar pastor. Ele contou seu testemunho em uma live transmitida pelo Guiame na noite desta quarta-feira (21). 

Dono de uma padaria, Joel Engel vivia uma rivalidade violenta com seus concorrentes — a ponto de ser alvo de um trabalho de feitiçaria de empresários “inimigos”. Por causa disso, sua esposa, Mara Engel, adoeceu gravemente e, como consequência, a padaria faliu. Foi mais de um ano e meio de idas e vindas ao hospital e contas médicas que não podiam ser pagas.

“Depois de um ano e meio, o médico disse que não havia mais solução e então começaram um tratamento paliativo em casa. Mas Jesus chegou na hora certa”, disse Engel. Mara teve uma parada cardíaca e ficou sem vida por 30 minutos, mas foi reanimada. Ela foi levada por sua mãe a uma igreja evangélica e experimentou uma cura instantânea.

“Isso me levou a buscar Jesus. Foi quando, pela primeira vez, decidi ir num culto evangélico”, lembra Engel, que enfrentou uma manifestação satânica em sua casa logo depois de voltar da igreja. “Como eu fui criado no terreiro de umbanda com minha avó, eu já sabia que eram coisas diabólicas. Eu precisei mesmo mergulhar profundo em Deus”.

Nos primeiros seis meses depois de começar a ir à igreja, além da cura de sua esposa, Joel viveu um milagre financeiro. “Havia 33 processos judiciais de cobrança, a empresa estava indo à falência, minhas dívidas eram impagáveis. Então fiz um acordo com Deus: ‘Se o Senhor me der um empréstimo para pagar as dívidas, pode me pedir qualquer coisa, até me enviar para a China’”, ele conta.

Assista a live completa:

“Naquele dia, eu senti uma luz azulada entrando na minha sala. Em um ano e meio de lutas, tive um dia de tranquilidade. Eu senti paz”, acrescenta. A partir daquele momento, de forma inexplicável, Engel conseguiu dinheiro suficiente para pagar as dívidas e ainda conseguiu um valor excedente.

“A partir daquele momento, com o físico, emocional e financeiro restaurado, eu comprei mais uma empresa de revenda de carros. Mas eu queria ter um encontro com Deus e saber o que Ele tinha para a minha vida”, disse Engel.

Mudança de propósito

Depois de um jejum de dois dias para discernir a vontade de Deus, Joel foi batizado com o Espírito Santo e foi para um lugar deserto, no campo. Ali, ele se trancou no carro e começou a clamar a Deus. “Eu queria vencer os demônios que perturbavam a minha casa, porque eu via muitos demônios, eu tinha visão aberta”, lembra. 

“Ali eu tive um arrebatamento que mudou meu DNA. Eu era um padeiro até aquele momento, mas depois disso eu nunca mais consegui ter a visão de um empresário. Eu só queria servir a Deus”, destaca.

Joel Engel sentiu que estava em um encontro sobrenatural com Cristo e começou a ter visões. “Eu senti algo entrando dentro de mim que veio do céu, como se fosse uma bola. Eu perguntei ao Senhor ‘o que é isso?’ E o Espírito Santo me disse ‘é o dom de cura’”, relata.

“Logo que fui arrebatado, eu vi Jesus. Ele vinha em uma pequena nuvem, caminhando com roupas brancas, tinha as mãos furadas. Eu pedia a Ele poder e força para vencer os demônios e Ele disse ‘então receba’. Jesus me entregou na mão o globo terrestre, e eu senti força e segurança. Foi quando o Senhor me mostrou o meu chamado, Ele me disse que eu seria como Abraão. Quando eu vi o globo entendi que era uma chamada global, que eu seria pai de multidões”, acrescenta.

Joel também foi levado a ter uma visão do que estava acontecendo em sua casa naquele momento. “Eu vi vários quadros ao mesmo tempo e vi minha casa, que ficava atrás da padaria. Eu vi minha esposa na sala, sentada no sofá, e os padeiros correndo ao redor da casa porque havia um barulho enorme, vento nas cortinas. Eu senti que precisava ajudar minha esposa, mas não parei de orar”, conta.

“Eu voltei para casa tomado por Deus. Eu cheguei feliz e disse para a minha esposa que Jesus tinha me chamado. Ela estava aterrorizada. Eu disse: ‘Calma, isso é só o diabo. Ele está infeliz porque hoje ele me perdeu para sempre’. Eu senti aquela marca de Deus e ele não podia mais entrar na minha casa. Pela primeira vez, eu expulsei os demônios da minha casa”, continua.

Dias depois, Joel foi tomado pela convicção de que não poderia mais ser empresário. “Após 18 dias em casa, eu coloquei no coração que teríamos que deixar tudo para fazer a obra de Deus”, disse. 

Inicialmente Mara não concordou, já que vinha de uma família com boas condições financeiras. “Eu disse para a minha esposa que iria doar tudo o que tinha. E eu comecei a distribuir caminhões e caminhões de alimentos nas favelas. A primeira oferta que eu dei foi a empresa de revendas de carros, que dava mais dinheiro que a padaria. Começaram a achar que eu estava ficando maluco”, disse, rindo.

Dia marcado para a morte

Joel Engel começou a pregar nas cidades do Rio Grande do Sul e atrair multidões, especialmente pessoas doentes que buscavam cura. No entanto, em Faxinal do Soturno, uma das cidades que ele passou a levar o Evangelho, a resistência era grande.

“Havia uma história de que já tinham assassinado seis pastores, eu seria o sétimo. Depois de três anos pregando, houve muitos milagres e doentes foram curados, mas eu fui processado, perseguido. Tentaram 50 vezes tirar a minha vida naquele lugar”, ele conta.

Depois de denunicar o abuso de autoridades na cidade, que promoviam sacrifícios humanos e outros atos violentos, a igreja de Joel Engel foi cercada por opositores. “Durante 15 dias nós ficamos no prédio da igreja. Contrataram bandidos para nos matar e Deus foi tomando cada um que vinham para nos agredir. Eles caíam na unção e já ficavam na igreja”, relata. 

O pastor conta que o ataque aos membros do ministério era tão intenso que  “uma média de 40 pessoas perdeu o emprego”. A única instituição da cidade que estava do seu lado era a brigada militar.

“Eles me convenceram a levar a minha esposa e meu filho, na época com 7 anos, para casa. Mas no meio do caminho, havia uma emboscada. Foi uma das experiências mais sobrenaturais que vivi”, lembra.

Houve um problema no carro da brigada militar e os oficiais foram buscar pneus, restando apenas o motorista. Naquele instante de tensão, Engel se afastou para orar e decidiu ir à casa da autoridade da cidade — um de seus principais perseguidores.

Era 25 de dezembro, uma noite de Natal; Engel e sua família foram recebidos pela autoridade junto com seus homens.

“Naquela hora eu disse: ‘Senhor, até aqui eu não chorei e não pedi nada. Se esse é o dia e a hora marcada, que o Senhor venha e faça como fez com Jacó’. Eu saí do carro e abri as mãos na frente dos inimigos e fui para o lado deles, para que as balas não atingissem meu filho e minha esposa. E naquela hora eu me senti um leão. Eu fui enfurecido contra aqueles homens”, relata.

“Eu os repreendi em nome de Jesus. Era como se eu estivesse assistindo um filme a cena tivesse pausado. Deus falou comigo: ‘Lembra que você me pediu para salvar a sua vida no dia marcado para você morrer? Hoje é o dia e esta é a hora’. Deus me mostrou um cordão do tempo e o arrebentou”, continua.

“Eu vi todos paralisados, parecia um sonho. E eu perguntei ‘Senhor, o que eu faço?’ O Senhor me disse ‘abençoe eles’. Eu levantei a mão e disse: ‘Deus abençoe vocês. Feliz natal!’ Foi como se alguém fizesse o filme voltar e todos se mexeram. O comandante fez sinal para todos irem embora e deixar a família sair”, finaliza.

“Depois de viver isso, nada mais me assusta”, destaca o pastor.

Hoje Joel Engel é fundador da Escola Profética, diretor do Projeto Daniel na África e pastor do Ministério Engel em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele é conferencista internacional, autor de 20 livros e tem ministrado pastores por todo o Brasil. Ele é marido, pai de 3 filhos e avô de 4 netos.

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