Deslocamento de cristãos é uma tendência relacionada à perseguição, diz Portas Abertas

Cada vez mais, cristãos estão deslocados ou refugiados por causa da perseguição à Igreja de Cristo.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 24 de janeiro de 2022 às 16:22
Famílias deslocadas já enfrentam uma grave crise de fome e desemprego em várias partes do mundo. (Foto representativa: Portas Abertas)
Famílias deslocadas já enfrentam uma grave crise de fome e desemprego em várias partes do mundo. (Foto representativa: Portas Abertas)

Conforme a Lista Mundial da Perseguição 2022, entre as principais tendências relacionadas à perseguição aos cristãos, está a Igreja cada vez mais deslocada ou refugiada.

“São mais de 84 milhões de pessoas deslocadas à força em 2021, seja em seu próprio país ou pelo mundo, muitas delas são cristãos fugindo da perseguição”, diz o relatório.

“Centenas de milhares são afetados pela violência islâmica ou estão fugindo de recrutamentos forçados, conflitos civis, repressão do Estado e opressão da família devido à fé”, continua.

“A ampla maioria permanece na região como deslocados em seu próprio país. Muitos desses cristãos já são uma minoria em seus próprios países de origem, sendo assim, relatam ainda mais vulnerabilidade em campos de refugiados”, destacou.

Jihadistas ao redor do mundo estão mais motivados

Conforme a Portas Abertas, a cada ano é possível identificar as tendências da perseguição enfrentada por seguidores de Jesus ao redor do mundo. Na pesquisa de 2022, além do deslocamento de cristãos, outras três tendências se destacaram. 

A motivação dos jihadistas é a primeira delas. Jihadistas são aqueles que defendem a jihad — guerra santa muçulmana — que combate com extrema violência os seguidores de outras religiões. 

No Afeganistão, é possível ver o desenvolvimento dessa “guerra” contra os cristãos. Por conta da tomada do governo pelo Talibã, outros jihadistas ao redor do mundo estão bastante motivados. 

“Entre os países em que os grupos islâmicos se fortaleceram estão Nigéria, Moçambique, Paquistão, Indonésia, Somália, República Democrática do Congo e Camarões”, mencionou o relatório.

Vários países se inspiram na China para instalar o comunismo

Com o fortalecimento do nacionalismo chinês, tratado como ideologia, outros líderes ditadores estão inspirados a fazer o mesmo que Xi Jinping, ou seja, investir em vigilância máxima e impor uma lei cada vez mais severa.

Países como Malásia, Mianmar e Sri Lanka estão se aliando a outros Estados, como os da Ásia Central, para levantar a bandeira com um novo slogan: “Um país, um povo, uma religião”. 

Enquanto isso, as minorias continuam sofrendo discriminação nas sociedades, se tornando cada vez mais suspeitas, principalmente por meio de veículos dominantes e mídias sociais.

Pandemia como acelerador da perseguição aos cristãos

A outra tendência é que os cristãos sejam cada vez mais perseguidos por causa da pandemia, que tem sido usada como desculpa por muitas comunidades.

“A pandemia parece ter garantido uma ‘permissão’ para vigilância por meio de tecnologia digital em diversos países. Na China e no Vietnã, diversas igrejas não tiveram permissão para reabrir, foram difamadas ou investigadas”, diz o relatório.

“Do Oeste da África à América Central, o foco dos governos em combater a pandemia continuou a permitir que jihadistas e grupos criminosos organizados se consolidassem ou expandissem seu poder e controle territorial”, conclui.

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