“Cultura do cancelamento não é bíblica e pode ser um sinal do fim dos tempos”, diz pastor

David Jeremiah acredita que “cancelar pessoas” é uma forma de julgamento, acusação e punição.

Fonte: Guiame, com informações de Christian HeadlinesAtualizado: quinta-feira, 22 de julho de 2021 às 15:09
Pastor David Jeremiah falando sobre a cultura do cancelamento. (Foto: Reprodução/Vídeo Shadow Mountain Community Church)
Pastor David Jeremiah falando sobre a cultura do cancelamento. (Foto: Reprodução/Vídeo Shadow Mountain Community Church)

O pastor da Shadow Mountain Community Church, em El Cajon, Califórnia (EUA), David Jeremiah, disse que a “cultura do cancelamento” envolve uma série de crenças “antibíblicas” que refletem o que Jesus disse que prefiguraria o fim dos tempos. 

Em seus comentários no sermão do último domingo (18), alertou que o ato de “cancelar uma pessoa” tem o objetivo de punir e ostracizar alguém. Isso está em conflito com os mandamentos de Jesus, de amar as pessoas incondicionalmente.

A mensagem faz parte de uma série de sermões sobre os eventos atuais que serão resumidos em seu próximo livro, que vai falar sobre como “as profecias para o futuro prenunciam os problemas de hoje”. O lançamento está previsto para outubro, nos EUA.

Sobre a cultura do cancelamento

Por mais estranho que possa parecer — cancelar pessoas se tornou uma cultura dentro do contexto ocidental. O fenômeno social tem sido muito discutido atualmente, dentro e fora do mundo virtual. As “pessoas canceladas” são expostas publicamente e criticadas por suas “opiniões diferentes”. Resumidamente, elas são boicotadas. 

“A cultura do cancelamento tem como foco o julgamento, a acusação e a punição”, disse Jeremiah. Para o escritor, o objetivo daqueles que cancelam os outros é transmitir seus pecados e nunca permitir que sejam esquecidos. O objetivo de Cristo, por outro lado, é o amor, a misericórdia e a graça”, continuou.

Ele cita Jesus como alguém que passou muito tempo com pessoas que haviam sido canceladas, por assim dizer, e ainda mencionou a mulher samaritana no poço (João 4.9) e os leprosos (Lucas 17.11).

“Seria bom pensar que a prática da ‘cultura do cancelamento’ é uma fase temporária pela qual nosso mundo está passando. Mas a sociedade está se tornando mais intolerante e polarizada a cada dia. E não tenho certeza se veremos uma reversão de todas essas tendências”, apontou.

Um sinal do fim dos tempos?

O pastor entende a cultura do cancelamento como algo maligno e também como algo comum à natureza humana. “O que estamos vendo hoje me lembra o que Jesus descreveu em Mateus 24”, referindo-se aos comentários de Jesus sobre os sinais do fim.

Jesus citou ódio e traição, pessoas enganando umas às outras, o aumento da maldade e o esfriamento do amor (vers. 10 a 12). “Existem vários termos nesses versos que representam os hábitos da cultura do cancelamento. É uma cultura do desdém”, comparou.

“Jesus falou sobre a facilidade com que as pessoas se ofenderiam nos dias que antecederiam a grande tribulação. Rapaz, isso é não é verdade? Você já percebeu como é fácil as pessoas se ofenderem hoje em dia?”, questionou.

E apontou para alguns motivos: “Nenhum de nós quer ser ofensivo. Mas as pessoas se ofendem mesmo assim. Se ofendem se lemos uma Bíblia em público ou se usarmos uma camiseta com o slogan João 3.16. Até uma cruz no pescoço pode nos colocar em apuros”, lembrou. 

Ele também mencionou sobre o quanto a traição tem se tornado algo corriqueiro, a falta de perdão e o rancor. "Há muito engano e desconexão. Um estudo recente revelou que quase metade dos americanos não fez um novo amigo nos últimos cinco anos”, disse.

“A cultura do cancelamento que nos conduz à tribulação e ao fim da história, será caracterizada pela frieza em nossos sentimentos uns pelos outros. A vergonha vai conduzir as pessoas para dentro de si mesmas. O bullying irá levá-las para baixo. O ódio irá conduzi-las para trás”, citou. 

Jeremiah, então, exortou os cristãos a abraçar quatro “conceitos não canceláveis” em um mundo marcado pela cultura do cancelamento: sabedoria, coragem, perdão e amor.

“Não é fácil viver como membros do Reino de Deus em um mundo cada vez mais hostil aos seus valores. Essa é a experiência compartilhada por todas as gerações de cristãos, desde a primeira geração. Portanto, a humanidade teve mais de 2 mil anos para se preparar para estes dias. De uma coisa sabemos — as recompensas de seguir Jesus Cristo sempre valem a pena”, concluiu.

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