Conheça a história de amor dos missionários que fundaram a Assembleia de Deus no Brasil

O Guiame conta a história de Gunnar e Frida Vingren, os jovens suecos que se uniram no mesmo propósito de evangelizar os povos ainda não alcançados.

Fonte: Guiame, Cássia de OliveiraAtualizado: terça-feira, 8 de junho de 2021 às 19:37
Gunnar e Frida se casaram no dia 16 de outubro de 1917, em Belém do Pará, numa cerimônia celebrada pelo Missionário Samuel Nyström. (Foto: CPAD).
Gunnar e Frida se casaram no dia 16 de outubro de 1917, em Belém do Pará, numa cerimônia celebrada pelo Missionário Samuel Nyström. (Foto: CPAD).

O Guiame conta a história de amor dos missionários suecos Frida e Gunnar Vingren, que fundaram a Igreja Assembleia de Deus no Brasil, em 1910, em Belém do Pará, junto com Daniel Berg, mostrando como Deus pode unir homem e mulher para cumprir seu propósito no Reino.

Frida Strandberg nasceu em 9 de junho 1891, na Suécia, e se tornou uma jovem idealista à frente de seu tempo, sempre muito atuante na sociedade e no ministério. Desde nova sentia que Deus a impulsionava para um propósito maior. O desejo de servir aos que mais necessitavam e evangelizar os povos ainda não calçados ardia no seu coração. Frida ansiava em ser enviada ao campo missionário e já tinha recebido a confirmação do Senhor através de visões e revelações proféticas.

A jovem começou a se preparar para cumprir o chamado de Deus. Fez um curso de oito meses no Instituto Bíblico da Suécia, cursou enfermagem no Hospital de Vänerborg durante dois anos e numa Casa Infantil em Estocolmo. Logo depois trabalhou como enfermeira-chefe no Hospital Sabbatsbergs. Ela também se dedicava à arte fotográfica.

O que Frida nem imaginava era que existia um rapaz com o mesmo amor pelas vidas e com o mesmo desejo missionário no outro lado do mundo, que inclusive já estava envolvido no Reino. Ambos eram jovens apaixonados por Deus, gostavam de estudar a Bíblia e de se envolver no ministério da igreja, mas ainda não se conheciam.

Há alguns anos, por meados de 1909, nos Estados Unidos, o jovem sueco Gunnar Vingren dava os primeiros passos no ministério como pastor da Igreja Batista Sueca de South Bend, em Indiana.

Gunnar, junto com o amigo Daniel Berg, estavam em missão nos EUA quando o grande avivamento da Rua Azuza varreu a Califórnia. Gunnar Vingren havia experimentado o batismo com o Espírito Santo e agora pregava a mensagem pentecostal em solo americano.

Durante uma reunião de oração, Adolf Uldin, um membro de sua igreja, profetizou que eles seriam enviados ao Pará para pregar o evangelho a um povo simples. Na ocasião, Uldin também profetizou que Gunnar conheceria uma jovem com o sobrenome Strandberg.

Vingren havia sido noivo de outra moça, enquanto esteve nos EUA. Ele seria enviado em missão para a Índia, junto com sua noiva, pela Convenção Batista do Noroeste dos Estados Unidos.

Porém, durante uma assembleia desta convenção, em 1909, Deus mostrou a Gunnar que a Índia não era da vontade Dele para sua vida. E assim, o jovem desistiu de ser enviado ao campo missionário indiano. Por causa desta decisão, sua noiva rompeu o relacionamento com ele. A resposta de Gunnar para ela foi: “Seja feita a vontade do Senhor”.

O encontro prometido


O casal Vingren dedicou toda sua vida ao serviço do Reino na Assembleia de Deus e tiveram seis filhos. (Foto: Acervo CPAD).

Depois de ter se passado mais de cinco anos daquela profecia e já atuando como missionário no Brasil, talvez o jovem Gunnar tenha chegado a duvidar, mas Deus sempre cumpre suas promessas.

E em 1915, quando Gunnar Vingren passava um período de descanso na Suécia, depois do primeiro período de missão no Brasil, ele conhece uma jovem chamada Frida Strandberg. Sim, Strandberg! O sobrenome que Deus tinha lhe falado.

Os dois jovens se tornam grandes amigos e com o passar do tempo se apaixonaram e começaram a namorar. Na época, Frida havia comentado com o seu pastor, Lewi Pethrus, que Deus estava lhe chamando para o campo missionário no Brasil.

“Eu mesma pude ver Gunnar numa visão ou revelação, perguntando-me se eu queria ajudá-lo no trabalho missionário. Isso me aconteceu antes que o visse trabalhando”, escreveu Frida em seu diário.

A jovem começou a se preparar em oração para o campo missionário. O casal de namorados se reunia algumas noites na casa de uma família de sobrenome Vaster e na casa do pastor Lewi Pethrus.

Juntos explorando os campos do Brasil

Em 1917, Frida, com 26 anos, foi ordenada missionária pela Igreja Filadélfia de Estocolmo e enviada para os EUA para se encontrar com o agora noivo Vingren, para de lá viajarem juntos rumo ao Brasil.

Dois meses depois do casal ter desembarcado em terras brasileiras, no dia 16 de outubro, Gunnar e Frida se casaram em Belém do Pará, numa cerimônia celebrada pelo Missionário Samuel Nyström.

Recém-casada, Frida precisou se adaptar ao clima tropical, que não estava acostumada, e a vida simples no novo país. Muitas vezes, o casal de jovens missionários tinham apenas banana e farinha de mandioca para comer, mas sabiam que Deus estava com eles.

O casal Vingren dedicou toda sua vida ao serviço do Reino na Assembleia de Deus, juntos evangelizaram e estabeleceram igrejas. Frida se dedicou à obra social com crianças, auxiliando com seus conhecimentos de enfermagem.

E quando Gunnar estava desbravando os campos no interior do país ou evangelizando os povos indígenas na Amazônia, ou mesmo quando adoecia, Frida o ajudava, liderando a Assembleia de Deus.

Ela também atuou como jornalista e colunista em diversos jornais cristãos, como o Mensageiro da Paz, e compôs 23 hinos para a Harpa Cristã.

Gunnar e Frida Vingren tiveram seis filhos.


O casal Vingren dedicou toda sua vida ao serviço do Reino na Assembleia de Deus e tiveram seis filhos. (Foto: Acervo CPAD).

 

 

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