Colunista da Folha compara cristãos a terroristas e diz que 'Deus acima de tudo' é perigoso

Hélio Schawrtsman apontou cristãos como "intolerantes religiosos" em seu artigo para a Folha de S. Paulo.

Fonte: Guiame, por João NetoAtualizado: quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019 às 12:18
Artigo de Hélio Scwartsman compara cristãos a terroristas. (Imagem: Reprodução)
Artigo de Hélio Scwartsman compara cristãos a terroristas. (Imagem: Reprodução)

Artigo de Hélio Scwartsman compara cristãos a terroristas. (Imagem: Reprodução)

No último domingo (3), a Folha de São Paulo publicou em seu site um artigo de opinião, no qual o colunista Hélio Schwartsman faz duras críticas ao governo Bolsonaro e chama os eleitores do presidente - mais de 65 milhões de brasileiros, incluindo boa parte de cristãos - de "masoquistas" e "historicamente analfabetos".

O colunista começou seu artigo intitulado "Trevas cristãs", criticando a parte do lema do governo de Bolsonaro que diz "Deus acima de todos".

"O 'Deus acima de todos' que integrou o lema da campanha de Jair Bolsonaro e ainda o acompanha em muitas de suas declarações deveria provocar calafrios em todas as pessoas historicamente alfabetizadas", disse Schwartzman.

Ele continua afirmando que os professores de história — "todos eles esquerdistas" — falharam em alertar seus alunos sobre "os crimes cometidos em nome de Deus", citando como exemplo que o cristianismo cresceu na Europa, destruindo obras clássicas que não haviam sido escritas para cristãos.

Por fim, ele revela certa preocupação, sugerindo que o cristianismo dos anos 300, 400 e 500 não teria mudado e seria semelhante a grupos terroristas da atualidade, como o Taleban e o Estado Islâmico.

"A intolerância que religiosos radicais mostram para com outros credos, os assassinatos praticados com requintes de crueldade e a insana 'certeza' de estar obedecendo a comandos de um ente supremo infalível revelam quão perigoso é por Deus acima de tudo", finalizou Scwartsman.

Reação

As declarações de Scwartsman geraram reação do público cristão, que repudiou suas palavras. Entre os posicionamentos de repúdio, esteve um vídeo gravado pelo deputado federal pastor Marco Feliciano (PODE - SP).

"Posso até estar errado, mas o que eu percebo sobre a Folha de S. Paulo é que este jornal ainda está em campanha política e tenta promover uma espécie de terceiro turno nas eleições presidenciais", disse Feliciano.

Sendo mais específico sobre o conteúdo do artigo de Shcwartsman, Feliciano contestou a linha de raciocínio que o colunista para construir a comparação entre cristãos e terroristas.

"Para embasar essa loucura, ele cita fatos históricos que são discutíveis e extemporâneos. Para justificar um ataque gratuito à capacidade de opinar de mais de 65 milhões de brasileiros e de 90% dos brasileiros que são cristãos e apoiam, sim o lema 'Deus acima de todos'... não poderia ser mais nefasta e vil a comparação que ele tenta fazer entre as manifestações religiosas aqui no Brasil, em defesa das tradições judaico-cristãs com o radicalismo do Talibã e do Estado Islâmico", destacou o deputado.

"Sabemos que eles são terroristas cruéis, assassinos, suicidas. Esse articulista perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado e de demonstrar sua inteligência, que não lhe falta", acrescentou.

Feliciano finalizou seu vídeo, convocando os cristãos e leitores da Folha de S. Paulo a reagirem a textos como este, publicados pelo jornal.

"A Folha abandonou as tradições de seus fundadores e pelo vil metal, tornou um jornaleco, vendido à esquerda militante que se traveste de democrata", afirmou.

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