Portas Abertas dos EUA comenta encontro de Trump e Kim Jong-un: "Surgiu uma esperança"

O CEO da Portas Abertas (EUA) explicou que o encontro histórico pode ser o início de uma série de avanços e os cristãos perseguidos podem ser beneficiados.

Fonte: Guiame, com informações da Open DoorsAtualizado: quarta-feira, 13 de junho de 2018 às 12:04
Ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto: Hindustan Times)
Ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto: Hindustan Times)

Apenas um dia após o encontro entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, em Cingapura, relatos da mídia indicam que, embora o Presidente Trump tenha tratado de forma privada com Kim Jong-un as violações dos direitos humanos no regime totalitário comunista norte-coreano, nenhum acordo formal foi feito. O documento formal que Trump e Kim assinaram está focado na desnuclearização na península e remoção de tropas dos EUA da Coreia do Sul.

Durante a entrevista coletiva do presidente após a cúpula, Jon Karl, da ABC News, perguntou a Trump se ele ainda acredita no que disse durante seu discurso sobre o Estado da União que a Coreia do Norte oprimiu mais brutalmente seu povo do que qualquer outro regime na Terra. Trump disse que os direitos humanos eram um dos "tópicos principais" do encontro entre ele e o ditador norte-coreano.

"Eu acredito que há uma situação difícil por lá, não há dúvida sobre isso e nós discutimos isso hoje com bastante força", disse Trump para Karl. “Quero dizer, sabemos qual é o principal objetivo do que estamos fazendo, é a desnuclearização, mas discutimos isso muito bem. Nós vamos fazer algo sobre isso. É difícil... e vamos continuar assim, e acho que finalmente concordaremos sobre algo. Mas foi discutido em detalhes. Fora da situação nuclear, um dos principais tópicos”.

A Casa Branca divulgou um comunicado conjunto de Trump e Kim, detalhando os compromissos que os dois líderes fizeram um ao outro durante a cúpula na esperança de desenvolver relações duradouras entre os dois países. Mas faltou na declaração qualquer referência aos alegados crimes de direitos humanos da Coreia do Norte.

Após a reunião, Trump fez uma declaração enigmática de que muitos norte-coreanos (cerca de 280 mil) atualmente mantidos em campos de trabalhos forçados eram "uns dos grandes vencedores de hoje". Ele não deu mais detalhes sobre isso.

Esperança

Em resposta à declaração de Trump de que as atrocidades dos direitos humanos eram uma parte significativa da conversa, o CEO da Portas Abertas (EUA), David Curry, chamou a decisão do Presidente de abordar a questão de “diplomaticamente ousada”.

"Estamos particularmente felizes em ouvir o presidente dizer que ele levantou a situação dos mais de 300.000 cristãos que enfrentam perseguição e até mesmo a morte sob o regime de Kim Jong-un. Mantenho a esperança de que os direitos humanos e a desnuclearização na Coreia do Norte não precisem ser esforços mutuamente exclusivos", disse.

"Por esta razão, estamos fervorosos e cautelosamente otimistas pelos nossos companheiros cristãos na Coreia do Norte, para quem agora surgiu pelo menos um vislumbre de esperança que não existia antes do encontro do Presidente Donald Trump com o ditador", acrescentou.

O irmão Simon, líder do ministério da Portas Abertas (EUA) para a Coreia do Norte, avalia a reunião histórica, concordando com Curry que livrar o país de armas nucleares também deve vir como um alívio para o sofrimento.

“Temos que orar e defender que a situação dos direitos humanos não seja negligenciada”, diz ele. "Um tratado de paz e o desarmamento nuclear seriam ótimos resultados, mas isso não pode acontecer sem abordar a situação das pessoas em prisões e campos de trabalho e pessoas que têm que esconder sua fé em Jesus Cristo".

Sobreviventes da perseguição

A Portas Abertas (EUA) também conversou com crentes norte-coreanos que escaparam do país, pedindo que compartilhem sua perspectiva do resultado da cúpula. Cada um deles sofreu devastação sob o regime de Kim em primeira mão, e cada um deles adverte sobre as capacidades dos líderes de Kim.

Hea Woo*, uma norte-coreana que agora já é avó e vive na Coreia do Sul, passou vários anos em um campo de trabalho norte-coreano depois de ver sua filha morrer e saber que seu marido foi morto por causa de sua fé em um campo de prisioneiros. Ela é cética em relação aos motivos de Kim, mas também é rápida em apontar a onipotência de Deus.

"Devemos ter cuidado para não sermos enganados", diz ela. “Eu morei na Coreia do Norte e sei o quanto os líderes de Kim são horríveis. A família de Kim não vai realmente mudar de repente. Mas é possível que Deus transforme as pessoas através do Seu poder. Vamos orar para que, se a Coreia do Norte tiver planos sombrios, eles sejam revelados".

 

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