Pelo menos 60 evangélicos foram banidos da Turquia

A Aliança Evangélica Mundial está se mobilizando para conseguir que esses cristãos sejam aceitos novamente no país.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical FocusAtualizado: terça-feira, 29 de setembro de 2020 às 14:29
Evangélicos foram banidos da Turquia sob acusações de serem uma 'ameaça à segurança nacional'. (Foto: UPI)
Evangélicos foram banidos da Turquia sob acusações de serem uma 'ameaça à segurança nacional'. (Foto: UPI)

A Aliança Evangélica Mundial (WEA) pediu à Turquia que “revisse suas decisões para efetivamente expulsar e banir 60 cristãos protestantes”.

A organização cristã falou na 45ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (Genebra, Suíça).

Foi a vez da Turquia na Revisão Periódica Universal (UPR), e a WEA chamou a atenção para o fato de que, "nos últimos dois anos, 60 ou mais cristãos protestantes expatriados na Turquia tiveram sua residência negada, arbitrariamente e sem o devido processo".

A Aliança Evangélica usou sua curta declaração para mencionar dois casos. “David Kandasamy, um cidadão do Sri Lanka residente na Turquia, viveu na Turquia por 20 anos antes de ter sua entrada no país proibida. Ele é casado com uma cristã turca e tem quatro filhos, todos cidadãos turcos”.

“Andy e Cathryn Hoard moraram na Turquia por 30 anos. Cathryn foi repentinamente proibida de entrar, ao voar de volta para a Turquia após uma curta viagem. Ela passou três dias detida em uma cela de imigração sem janelas, antes de ser deportada para o Reino Unido”, acrescentou Wissam al-Saliby, oficial de defesa da WEA.

Direitos violados

A organização denunciou que “os cônjuges foram separados de suas famílias. Os expatriados tiveram acesso negado às suas propriedades e investimentos que tinham sido anteriormente investigados cuidadosamente e aprovados pelas autoridades turcas”.

Em tudo isso, “as autoridades não deram nenhuma explicação além de dizer a esses cristãos que eles constituem uma ameaça à segurança nacional de acordo com relatórios confidenciais do governo”, denunciou a WEA.

“As autoridades turcas negaram aos advogados desses expatriados o acesso aos relatórios confidenciais e, portanto, as autoridades não ofereceram a possibilidade de um recurso justo para revisar essas ordens de acordo com o direito internacional, nomeadamente o artigo 13 do PIDCP”, acrescentou.

A WEA encerrou sua declaração pedindo que “a Turquia reveja suas decisões de efetivamente expulsar e banir os 60 membros de igrejas protestantes, e que permita um recurso justo contra as decisões de segurança nacional e para o exame dos fatos por trás de tais decisões”.

Durante a 45ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, a WEA também abordou questões de liberdade religiosa no Zimbábue, Paquistão e Suécia.

 

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