Pastor enfrenta guerra espiritual para evangelizar bairro islâmico: "Jesus me quer aqui"

Trey Hancock lidera uma igreja situada no coração de um bairro que tem 97% de sua população formada por muçulmanos.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: sexta-feira, 17 de agosto de 2018 às 15:40
A igreja Springwells desenvolve um ministério de evangelismo no bairro de maioria muçulmana. (Imagem: CBN News)
A igreja Springwells desenvolve um ministério de evangelismo no bairro de maioria muçulmana. (Imagem: CBN News)

Dois pastores que estão liderando uma igreja na cidade de Dearborn — que tem a maioria de sua população ligada à fé islâmica — em Michigan (EUA), reconheceram que têm vivenciado tempos de intensa batalha espiritual, enquanto muitas igrejas são vendidas para se transformarem em mesquitas. Porém hoje, entendem que Deus está cumprindo Seus propósitos em meio a esta situação.

A cidade de Dearborn recentemente ganhou manchetes nos Estados Unidos, depois que um de seus moradores foi capturado na Síria, acusado de trabalhar para o Estado Islâmico por três anos.

O pastor John Koski afirmou que o chamado de Deus está se cumprindo sobre ele e sua congregação, localizada exatamente onde deveria estar. Dearborn é o lar de uma das maiores populações muçulmanas do país. Dirigir pela cidade é como ser transportado para o Oriente Médio.

De fato, quase metade da população de Dearborn é muçulmana. Dos 90 mil residentes, aproximadamente 40 mil praticam o Islã. Oitenta por cento são muçulmanos xiitas, principalmente do Líbano e do Iraque, e 20% são sunitas, principalmente do Iêmen.

"Isso faz desta área a maior concentração de muçulmanos xiitas árabes nos Estados Unidos, e essa mesquita atrás de nós é na verdade uma mesquita xiita", disse John Koski, que se vê como um missionário cristão para os muçulmanos na cidade. "É definitivamente a maior mesquita xiita dos Estados Unidos".

A mesquita a que ele se refere é conhecida como o Centro Islâmico da América.

Igreja de Springwells

Koski é pastor auxiliar da Springwells Church, uma congregação da Assembleia de Deus liderada pelo pastor Trey Hancock e sua esposa, Becky. A igreja fica a menos de 10 minutos do Centro Islâmico da América, no coração de um bairro que é 97% muçulmano.

"Jesus disse: 'Eu quero você aqui'. Então estamos aqui", disse Hancock. "E que lugar melhor em todo o mundo para encontrar pessoas que não conhecem Jesus, que precisam dele e precisam do que Jesus tem para oferecer? Bem aqui, não estamos dificultando que eles venham ao Senhor".

A igreja começou a se reunir na casa dos Hancock em 2000, mais de uma década depois que o pastor e sua família chegaram em Dearborn para ministrar aos muçulmanos. Hancock diz que ouviu o chamado de Deus enquanto recebia treinamento cultural em Dearborn.

"Eu estava apenas andando e orando, então o Senhor falou comigo: 'Se você vai aprender sobre essas pessoas, você tem que viver com elas", explicou à CBN News, enquanto estava em um bairro no lado sul da cidade.

"E eu pensei: 'Uau! Isso não veio de mim", disse ele. "Eu sabia quem estava falando; era realmente claro; era realmente distinto, e foi uma inspiração do Espírito Santo. E eu disse: 'Tudo bem, Senhor".


Pastor Trey Hancock lidera a igreja Springwells, em um bairro de maioria muçulmana, na cidade de Dearborn, Michigan, EUA. (Foto: CBN News)

Ministério próspero

Esse passo de fé levou a um ministério florescente. Além dos cultos de domingo, o evangelismo da igreja inclui apresentações teatrais, um clube de luta livre e aulas de inglês como segunda língua, que incluem o aprendizado de versículos bíblicos em árabe e inglês.

"Eu acho que é muito eficaz, porque estamos realmente construindo relacionamentos", disse Koski. "Estamos atendendo às necessidades sentidas deles, e uma das maiores necessidades é aprender o inglês como segunda língua".

Koski e outros, como Paul Schindlbeck, também desenvolvem o ministério evangelístico de porta em porta.

"Você disse que isso fala da verdade de Jesus?", perguntou um vizinho curioso a Schindlbeck sobre um livro que ele carregava nas mãos. "Sim, fala sobre quem era Jesus", respondeu Schindlbeck. "Sobre quem era Jesus?", o vizinho perguntou. "Sim, sim", respondeu Schindlbeck. "... eu vou ler ...", disse o vizinho, decidido.

Frutos em meio à batalha

Embora gratificante, ministrar em Dearborn exige muito trabalho. Koski diz que são necessárias em média 30 apresentações do Evangelho para o muçulmano se render a Cristo. E essa não é a única parte difícil.

Ao ministrar nesta área, a guerra espiritual se torna clara. Por exemplo, Hancock disse que na última década, mais de uma dúzia de igrejas na área de Dearborn foram vendidas a muçulmanos e transformadas em mesquitas.

Em uma antiga igreja hoje conhecida como Centro Muçulmano Americano, a cruz foi removida do campanário. Em outro, um sinal da Casa de Sabedoria Islâmica foi realmente colocado sobre a cruz no campanário.

Porém Hancock tem motivos para celebrar, pois fica muito feliz quando os muçulmanos se entregam a Jesus.

"Isso me alimenta a chama, cara", ele disse. "Quando eles dizem sim a Jesus, é uma coisa incrível. É uma coisa incrível, especialmente depois que eles são batizados, porque é quando eles estão dizendo ao mundo: 'Eu pertenço a Jesus".

 

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