Mais de 400 cristãos são presos em meio ao 100º aniversário do Partido Comunista Chinês

No centenário do Partido Comunista, a China lançou uma ofensiva contra os membros da Igreja do Deus Todo-Poderoso.

Fonte: Guiame, com informações do Bitter WinterAtualizado: quinta-feira, 1 de julho de 2021 às 15:29
O PCC vigia membros da CAG por meio de monitoramento eletrônico entre outros. (Imagem composta / Bitter Winter).
O PCC vigia membros da CAG por meio de monitoramento eletrônico entre outros. (Imagem composta / Bitter Winter).

Informações divulgadas pela revista de liberdade religiosa Bitter Winter, diz que as prisões de membros da Igreja do Deus Todo-Poderoso (CAG, sigla em inglês) ultrapassaram 400 pessoas entre abril e junho deste ano.

A denominação é considerada um novo movimento religioso e, de acordo com Bitter Winter, é também o grupo cristão mais severamente perseguido na China.

Em um documento emitido pelo Escritório de Segurança do Estado na província de Shanxi, as prisões foram feitas em nome da manutenção da ordem social durante a celebração do 100º aniversário do PCC.

Sob o pretexto anônimo, um funcionário do governo na província de Henan disse a Bitter Winter que o governo central recebeu ordens de prender os membros do CAG como alvos principais na preparação para a celebração. Pelo menos 265 membros do CAG foram presos na província de Henan de meados de abril a meados de junho.

Em outro relato compartilhado com Bitter Winter, um membro libertado do CAG explicou que durante o interrogatório, ela descobriu que alguns policiais se disfarçaram de trabalhadores de limpeza e vigiaram sua casa por três meses antes de ela ser presa. A polícia também mostrou à mulher imagens de vigilância de dois outros membros do CAG e forçou-a a revelar seu paradeiro.

A polícia também realizou operações unificadas para prender membros do CAG na cidade de Baotou, na Região Autônoma da Mongólia Interior. Em dois dias, relata Bitter Winter, pelo menos 70 membros do CAG foram presos como resultado das operações conjuntas.

De 19 a 25 de maio, a polícia da província de Guandong, no sul, prendeu cerca de 160 membros em várias cidades, incluindo Foshan, Guangzhou e Zhuhai.

Em outra operação unificada em abril, pelo menos 116 membros do CAG foram presos. Além disso, pelo menos 750.000 RMB (cerca de US$ 116.000) de bens pessoais e da igreja foram saqueados.

De acordo com uma fonte do governo, o governo da província de Shanxi, no norte, lançou um esforço unificado visando os membros do CAG em 15 de junho, que pode durar até o final de julho.

Em 26 de junho, 403 membros do CAG foram presos, incluindo 124 na cidade de Changzhi, 83 na cidade de Lüliang, 67 na cidade de Jinzhong, 96 na cidade de Linfen e 33 na cidade de Datong.

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