“A Igreja brasileira ainda não se envolve em missões como deveria”, diz pastor

O pastor Jonatas Cuppello falou ao Guiame sobre sua experiência na África e alertou as igrejas brasileiras a investirem em missões.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: segunda-feira, 24 de junho de 2019 às 19:20

 

Se as igrejas brasileiras investissem mais em missões, muitos povos teriam sido alcançados pelo mundo, de acordo com o pastor Jonatas Cuppello Venlioles, da Primeira Igreja Batista em Coelho da Rocha, em São João de Meriti (RJ).

O pastor Jonatas tem caminhado em parceria com a Missão Mãos Estendidas (MME), realizando seminários bíblicos para pastores de aldeias na África. Seu foco tem sido acompanhar os pastores africanos e dar suporte nos seminários.

Em entrevista ao Guiame, o pastor Jonatas falou sobre a importância de participar da obra missionária pelo mundo. “Se todos nós, como Igreja do Brasil, participássemos ativamente da obra missionária não só indo, mas ajudando da maneira como pudermos, nós teríamos alcançado muitos povos e feito a diferença não só na igreja local”, afirma.

“Eu creio no chamado de Deus de ir por todo o mundo. Nos dedicamos tanto às vezes só àquilo que é nosso, ou que leva o nosso nome. Mas eu creio muito na semeadura. Nós estamos aqui semeando em uma outra terra, em outras igrejas, em outro povo”, acrescentou o pastor.

Jonatas conta que muitos pastores africanos carregam dores, dúvidas e traumas e precisam ser fortalecidos. “Pudemos estar ali aconselhando e ministrando a cura do Senhor. Também agimos na área da libertação — muitos ali tiveram envolvimento com outras religiões e a prática de ir ao curandeiro. Também percebemos um grau de muito envolvimento com bebidas, drogas e outras situações do passado”, observa.

Embora o pastor Jonatas tenha ido à Moçambique para fortalecer os líderes africanos, ele voltou para o Brasil impactado com a fé deles.

“A gente sempre perguntava os sonhos de cada pastor. E os sonhos são simples: o sonho de ter uma igreja mais arrumadinha, o sonho de ver muitas pessoas entregando sua vida a Jesus, o sonho de fazer a diferença em sua comunidade. Eu não vi em nenhum momento alguém querendo um carro — o que não é errado, mas a visão que eles têm é para o Reino. Eles têm tão pouco, e o que têm desejam compartilhar”, relata.

Autor de livros sobre missões e vida devocional, Jonatas levou mais de 450 livros e distribuiu aos pastores africanos em sua última viagem missionária com a MME. “O foco dos livros é abençoar vidas. Não temos nenhum foco financeiro. Todos os livros são para a obra de Deus e todos os recursos são reinvestidos”, explica.

No Brasil, a missão do pastor Jonatas é continuar incentivando cristãos à respeito do campo missionário. “A Igreja precisa acordar. A Igreja precisa entender a semeadura, entender o chamado de Deus para a obra missionária. Isso acontece inicialmente na igreja local, quando ela se envolve e tem projetos locais”, afirma. “A igreja tem que ser continuamente despertada para missões”.

“Há dados que indicam que a quantidade de recursos que se tem para missões, dividida pela quantidade de membros que temos hoje, dá cerca de R$ 1,30 por ano por pessoa. É um valor muito pequeno”, estima o pastor. “A Igreja brasileira ainda não se envolve em missões como deveria. Muitas igrejas estão esquecendo a questão da obra missionária, nós precisamos despertar”.

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