“Estão negando ajuda humanitária aos cristãos”, diz missionário em meio à guerra no Sudão

Entre os sudaneses, quem abandona o islã para seguir a Cristo é visto como traidor.

Fonte: Guiame, com informações do MNNAtualizado: segunda-feira, 11 de dezembro de 2023 às 12:41
Cristãos não recebem alimento em meio à guerra no Sudão. (Foto representativa: Portas Abertas)
Cristãos não recebem alimento em meio à guerra no Sudão. (Foto representativa: Portas Abertas)

Em meio à guerra no Sudão e os problemas que ela acarreta, os cristãos que já sofriam com a perseguição religiosa são ainda mais afetados.

As Forças de Apoio Rápido (FAR), em guerra com o exército desde 15 de abril, denunciaram as trágicas perdas de vidas e o grande número de pessoas feridas.

Foram confirmados crimes de guerra e limpeza étnica no país, conforme o Departamento de Estado dos EUA.

Punição para quem segue a Cristo

Nesse cenário que já apresenta grandes dificuldades, os cristãos ainda enfrentam um desafio maior por terem a tão esperada ajuda humanitária negada pelo governo.

Conforme o missionário John (nome fictício por motivos de segurança), há organizações maiores tentando ajudar através de grupos locais no Sudão, conforme notícias do Mission Network News.

Mas, conforme ele explica, os cristãos que anteriormente eram muçulmanos estão sendo punidos por terem abandonado a religião islâmica.

“Quando descobrem que alguém abandonou Alá para seguir a Cristo, não lhes dão comida, independente de onde tenha vindo essa ajuda”, explicou.

Cristãos ajudando cristãos

O missionário conta que há um pouco de alimento sendo distribuído pelos cristãos e isso tem encorajado as pessoas que perderam tudo na guerra.

“Temos feito isso desde o início da guerra através de 28 redes de igrejas domésticas. As pessoas que estão deslocadas não recebem muita ajuda, mas pelo menos conseguem fazer uma refeição”, compartilhou.

“Acabamos de enviar algum dinheiro para a nossa equipe num destes locais mais difíceis para que alimentem um novo grupo que chegou de novos convertidos de origem islâmica, porque a ajuda à sua volta está a ser negada”, disse ao concluir.

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