Cristãos perseguidos usam seus próprios recursos para ajudar famílias necessitadas no Irã

Mesmo mantendo sua fé cristã em 'segredo', membros de igrejas domésticas se mobilizaram para ajudar necessitados durante a pandemia.

Fonte: Guiame, com informações da Portas Abertas (EUA)Atualizado: terça-feira, 26 de maio de 2020 às 11:33
Cristãos usaram de seus próprios recursos para comprar alimentos e doar a famílias necessitadas de suas comunidades. (Foto: Portas Abertas - EUA)
Cristãos usaram de seus próprios recursos para comprar alimentos e doar a famílias necessitadas de suas comunidades. (Foto: Portas Abertas - EUA)

Cristãos que mantêm sua fé em segredo por motivos de segurança no Irã estão alcançando suas comunidades que foram atingidas pelos impactos da pandemia do coronavírus. Apesar do risco de serem presos ou até mesmo mortos se sua membresia em uma igreja doméstica for descoberta, esses cristãos continuam espalhando o amor de Cristo em suas comunidades.

“[As igrejas domésticas] se acostumaram a viver em circunstâncias difíceis”, explicou Steve*, um missionário atuante no Irã e ligado à Missão Portas Abertas (EUA). “Quando a COVID-19 chegou ao Irã, [esses cristãos] estavam com medo de que o vírus os atingisse, bem como seus entes queridos. Mas, ao mesmo tempo, eles não se assustaram. Eles sentiram que era seu chamado cuidar das pessoas ao seu redor, não apenas outros crentes, mas também vizinhos, colegas ou outras pessoas próximas que estivessem em necessidade”.

Primeiro, eles usaram seus próprios recursos para levar donativos aos necessitados, oferecendo uma representação verdadeira de uma comunidade bíblica que se ama e se serve.

Em seu site oficial, a Missão Portas Abertas fez um paralelo entre este relato de Steve e a passagem bíblica de Atos 2, na qual é exposto o contexto da igreja primitiva.

“Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos”, citou a organização, lembrando da passagem de Atos 2:44-47

Steve ainda lembrou que quando os recursos dos crentes iranianos acabaram, eles entraram em contato com os parceiros do ministério Portas Abertas, que por sua vez procuraram trabalhadores de campo locais no Irã, como ele.

"As [pessoas que essas igrejas ajudaram] achavam que ninguém se importava com elas", disse ele. "Mas, por meio de nossos parceiros, mostramos que a igreja mundial está ao lado deles".

O Irã caracteriza-se como uma ‘República islâmica presidencialista’ no Oriente Médio e conforme registros da Portas Abertas, faz uso de uma paranoia ditatorial para perseguir cristãos, atualmente ocupando o 9º lugar na lista anual dos 50 países classificados por intolerância religiosa. Apesar disso, o país ainda tem um dos maiores índices de crescimento e avanço do cristianismo.

 

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