Comunidades muçulmanas são evangelizadas por missionário brasileiro

O missionário Orlando dos Santos falou ao Guiame sobre seu trabalho com três comunidades muçulmanas na Zâmbia.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: quarta-feira, 26 de junho de 2019 às 20:43

Para missionários como Orlando dos Santos, o “ide” é vivido em tempo integral. Nascido no Ceará, ele fez sua primeira viagem missionária para Moçambique com a JOCUM em 1996 e, desde então, a África se tornou seu lar.

Atualmente, ele mora em Chibata, na Zâmbia, com sua esposa — que é zambiana — e três filhos. Juntos, eles trabalham com três comunidades muçulmanas, especialmente senhoras.

Eles espalham a Palavra de Deus usando como recurso a alfabetização da língua nativa e o apoio a uma escola infantil, onde estudam os filhos das senhoras das comunidades. 

“Costumamos fazer reuniões. Mesmo os maridos que não participam dessas reuniões, insistem para que elas não deixem de ir. Porque eles perceberam que isso mudou a vida delas”, disse Orlando em entrevista ao Guiame.

A variação cultural é um grande desafio para a pregação do Evangelho, segundo o missionário. “O moçambicano é muito aberto, muito brincalhão, um pouco parecido com o brasileiro. Já o zambiano é mais fechado”, afirma.

“Quando você apresenta a Palavra de Deus, a resposta do moçambicano é muito diferente do zambiano. O moçambicano vai dizer ‘sim’ rapidamente, muitas vezes, da boca para fora. Já o zambiano vai analisar e, quando diz ‘sim’, é porque realmente entendeu. Isso nos dificulta por um lado, mas facilita por outro, porque você tem a capacidade de formar grandes discípulos melhor do que em Moçambique”, explica Orlando.

O sonho de Orlando, que é enfermeiro, é construir uma clínica especializada em partos, devido ao contexto espiritual que envolve o processo do nascimento na África.

Orlando conta que, em 1996, estava presente no parto da filha de uma curandeira, onde a equipe teve a oportunidade de evangelizá-la e conduzir um parto tranquilo. Foi ali que ele conheceu o contexto espiritual.

“Dali eu tive o conhecimento que as crianças eram consagradas no oitavo dia pelas avós. Essa consagração explica a batalha espiritual que existe por trás de um africano, muitas vezes. Quando o curandeiro que fez a sua consagração é maior do que o meu, tudo o que você faz acaba ‘pegando’ em mim. Foi aí que surgiu essa ideia de construir a clínica”, comenta Orlando. 

“Nós temos como projeto cuidar de mães, onde elas podem ser bem atendidas e conseguiremos consagrar esse bebê [a Deus]. A ideia é fazer uma nova nação, abençoada desde o parto. Pensamos em trabalhar com isso no futuro”, acrescentou.

O missionário afirma que investir em projetos de educação também é muito necessário na Zâmbia. “A melhor escola de Chibata é muçulmana, mas é um país constitucionalmente cristão”, observa.

Em mensagem aos brasileiros, Orlando agradeceu às pessoas que oram pelos missionários e que confiam seus recursos. “Peço que Deus possa realizar esses sonhos que estão nos nossos corações”, completou.

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