Alunos cristãos são forçados a tirar jóias com cruz e espancados por colegas e professores

O ataque de intolerância religiosa aconteceu num colégio de ensino fundamental e médio no Egito.

Fonte: Guiame, com informações de CBN News e Internacional Christian Concern Atualizado: segunda-feira, 22 de novembro de 2021 às 20:01
O ataque de intolerância religiosa aconteceu num colégio de ensino fundamental e médio no Egito. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa).
O ataque de intolerância religiosa aconteceu num colégio de ensino fundamental e médio no Egito. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Corrêa).

Estudantes cristãos coptas foram forçados a retirar suas jóias com cruzes e foram espancados por colegas e professores em uma escola no Egito

De acordo com a International Christian Concern (ICC), o ataque de intolerância religiosa aconteceu no colégio de ensino fundamental e médio Al-Thawra, na província de Minya. 

Em um dos episódios, uma criança cristã do sexo masculino foi espancada por uma professora, que ainda incentivou os outros alunos a participarem da agressão. O grupo tirou a jóia do menino, removeu o pingente de cruz e o destruiu. 

As vítimas contaram sobre a violência sofrida aos seus pais, que tomaram medidas contra o colégio. Os casos de perseguição também tiveram o apoio do diretor da escola. Não está claro se alguma ação já foi tomada pelo governo egípcio. 

Na comunidade cristã copta, no Egito, é uma tradição comum os crentes tatuarem uma cruz no pulso ou usarem colares ou pulseiras com uma cruz.

Segundo o jornalista cristão Nader Shokry, que cobriu o caso, o incidente está sendo investigado. “Há uma investigação e a diretoria de educação está acompanhando o incidente. As coisas mudaram em relação ao passado, incidentes sectários ainda ocorrem, mas há uma resposta rápida agora e as coisas são tratadas com mais rapidez”, escreveu Nader.

Mervyn Thomas, presidente da Christian Solidarity Worldwide (CSW), organização que defende os crisãos perseguidos, solicitou medidas rápidas das autoridades egípcias contra os criminosos.

“Estamos particularmente preocupados com o fato de que essa conduta foi incentivada e apoiada por professores, e pedimos que medidas apropriadas sejam tomadas contra eles”, afirmou Thomas em um comunicado. 

E acrescentou: “Enquanto elogiamos os esforços do governo egípcio nos últimos anos para melhorar a situação dos cristãos e o compromisso pessoal do presidente Sisi de reformar a educação religiosa e combater o extremismo e o discurso de ódio, continuamos a apelar às autoridades egípcias para estender essas reformas para incluir grupos religiosos não reconhecidos”.

O Egito ocupa a 17ª posição na Lista de países que perseguem cristãos de 2021 da Missão Portas Abertas. “A perseguição contra os cristãos no Egito acontece principalmente no nível da comunidade. Incidentes ocorrem com mais frequência no Alto Egito, onde os movimentos salafistas exercem uma forte influência sobre as comunidades rurais”, explicou a organização.

“Os incidentes podem variar de mulheres cristãs sendo assediadas enquanto caminhavam na rua a comunidades cristãs expulsas de suas casas por multidões extremistas”. 

 

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