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O Irã pode estar a semanas de desenvolver uma bomba nuclear, segundo os EUA

Joe Biden acredita que a volta dos Estados Unidos ao acordo nuclear pode impedir os planos do Irã de produzir em breve uma bomba nuclear.

Fonte: Guiame, com informações do Times of Israel e CNN BrasilAtualizado: terça-feira, 2 de fevereiro de 2021 às 14:49
Exposição militar exibe o míssil Shahab-3. Foto do líder supremo iraniano Aiatolá Ali Khamenei, em Teerã, 2008. (Foto: AP / Hasan Sarbakhshian)
Exposição militar exibe o míssil Shahab-3. Foto do líder supremo iraniano Aiatolá Ali Khamenei, em Teerã, 2008. (Foto: AP / Hasan Sarbakhshian)

Jake Sullivan, assessor de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, alertou Joe Biden para que se junte novamente ao acordo nuclear iraniano. Ele alega que o Irã está cada vez mais próximo de produzir uma bomba nuclear.

Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse em entrevista à NBC News que o Irã “pode estar a ‘semanas’ de ter material suficiente para desenvolver uma arma nuclear se continuar a violar o acordo nuclear de 2015”.

O país, que vem acumulando urânio, disse que “Teerã não reverterá a aceleração de seu programa nuclear até que os Estados Unidos suspendam as sanções contra o país”, conforme o ministro iraniano do Exterior, Mohammad Javad Zarif.

Sobre o acordo nuclear

O acordo nuclear de 2015, entre o Irã e as potências mundiais (Reino Unido, França, China, Rússia, Alemanha e Estados Unidos), visava proibir que o país desenvolvesse uma bomba nuclear. Para isso, o programa atômico deveria ficar restrito ao uso civil.

Em 2018, os Estados Unidos saíram do acordo. Trump alegou que o Irã não seguiu as regras, por isso voltou a endurecer as sanções americanas, adotando uma política de pressão máxima contra Teerã.

Já o recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu voltar ao acordo, mas com a condição de que Teerã volte a cumprir as cláusulas. Em resposta, o Irã exigiu que o governo Biden desse o primeiro passo e suspendesse as sanções.

A volta dos EUA ao acordo

O secretário de Estado, Tony Blinken, tem sido mais cético em relação a um retorno rápido ao acordo nuclear. “O Irã não está em conformidade em várias frentes. E levaria algum tempo para que ele voltasse a seguir o acordo. Nós também levaríamos algum tempo para avaliar se estão mesmo cumprindo com suas obrigações”, disse ele durante uma entrevista coletiva no Departamento de Estado, no dia 27 de janeiro.

Como o Irã desrespeitou as regras do acordo?

Segundo notícias do CNN Brasil, o acordo estabelece o limite de estoque de urânio enriquecido que o Irã pode manter em 202,8 kg – uma fração das mais de 8 toneladas que possuía antes. Esse limite foi violado em 2019 e foi registrado que o estoque mantido é de 2.442,9 kg (2,44 toneladas).

O acordo limita a pureza até a qual o Irã pode refinar urânio em 3,67%, muito abaixo dos 20% atingidos antes do acordo. O país ultrapassou o limite de 3,67% em julho de 2019 e o nível de enriquecimento permaneceu estável em 4,5% desde então.

O pacto permite ao Irã produzir urânio enriquecido usando cerca de 5 mil centrífugas avançadas (IR-1 de primeira geração) na instalação nuclear subterrânea de Natanz, que foi construída para armazenar mais de 50 mil delas. O país tinha cerca de 19 mil centrífugas instaladas antes do acordo.

O Irã está perto de ter uma bomba?

Muitos diplomatas e especialistas em questões nucleares dizem que um ano ainda é um número conservador e o Irã precisaria de mais do que isso. David Albright, ex-inspetor de armas da Organização das Nações Unidas (ONU), estima que, atualmente, o Irã pode encurtar o tempo para três meses e meio.

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