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Israel poderá ser atingido por um grande terremoto nos próximos anos, prevê estudo

Pesquisadores estimam que o terremoto terá magnitude de 6,5 na escala Richter, provocando destruições e mortes em Israel.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: quinta-feira, 7 de janeiro de 2021 às 15:28
Danos causados ​​a casas na cidade de Tiberíades, no norte de Israel, depois que terremotos sacudiram a região em 9 de julho de 2018. (Foto: David Cohen/Flash90)
Danos causados ​​a casas na cidade de Tiberíades, no norte de Israel, depois que terremotos sacudiram a região em 9 de julho de 2018. (Foto: David Cohen/Flash90)

Um grande terremoto, com potencial de causar centenas de mortes, deve atingir Israel nos próximos anos, alertaram pesquisadores da Universidade de Tel Aviv na terça-feira passada (29), através de um estudo realizado no Mar Morto.

Os pesquisadores estimam que o terremoto terá magnitude de 6,5 na escala Richter, o suficiente para destruir edifícios e ser sentido a centenas de quilômetros de distância.

“O registro geológico não mente e um grande terremoto em Israel virá”, disse o professor Shmuel Marco, da Universidade de Tel Aviv, explicando que fenômenos desta escala acontecem em Israel, em média, a cada 130 a 150 anos.

“Claro, não temos como prever exatamente quando a terra vai tremer sob nossos pés — esta é uma projeção estatística — mas, infelizmente, posso dizer que um terremoto que causará centenas de vítimas ocorrerá nos próximos anos”, acrescentou Marco. “Não quero causar alarme, mas vivemos um período de atividade tectônica”.

O geólogo projetou que o terremoto “pode acontecer em dez anos ou em várias décadas, mas também pode acontecer na próxima semana, e precisamos estar preparados para isso”.

O último terremoto de magnitude 6,2 na escala Richter atingiu o vale do Mar Morto em 1927, matando 500 pessoas e ferindo 700 em Amã (na Jordânia), Jerusalém, Belém e Jaffa.

Durante o estudo, pesquisadores fizeram uma perfuração de centenas de metros sob o Mar Morto e examinaram camadas de sedimentos, que foram capazes de analisar a história dos terremotos na região nos últimos 220 mil anos.

Eles concluíram que a frequência dos terremotos no vale do Mar Morto não é fixa e que houve períodos em que terremotos poderosos ocorreram com apenas algumas décadas de diferença.

Referência Bíblica

Em pesquisas realizadas em 2007, Marco chegou a mencionar as referências bíblicas aos terremotos no site Jerusalem Post. “Até a Bíblia oferece pistas, já que às vezes os terremotos são mencionados como marcadores de tempo”, disse. 

“Por exemplo, sempre se diz que os profetas se tornaram ativos um certo número de anos ‘após o terremoto’”, explicou Marco, que conseguiu determinar uma série de terremotos devastadores em Israel com ajuda de documentos.

Israel está situado ao longo da fenda sírio-africana, uma falha tectônica que percorre toda a extensão da fronteira entre Israel e Jordânia, e faz parte do Vale do Rift, que se estende do norte da Síria a Moçambique.


Registro de embarcação em perfuração no Mar Morto, em 2010. (Foto: Universidade de Tel Aviv)

Terremoto ainda maior é esperado dentro de séculos

Os pesquisadores também avaliam que a “frequência de terremotos em Israel” é fortemente subestimada.

Embora um forte terremoto possa acontecer nas próximas décadas, um fenômeno ainda maior de magnitude 7,5, cerca de 10 vezes mais forte na escala exponencial de Richter, também foi previsto para os próximos séculos.

Anteriormente, acreditava-se que terremotos de magnitude 7,5 ou superior na escala Richter ocorriam a cada 10.000 anos ou mais, mas o novo estudo estima que a frequência poderia estar mais próxima a cada 1.300 a 1.400 anos. O último terremoto dessa escala abalou a região em 1033.

“Isso significa que nos próximos séculos, podemos esperar outro terremoto de magnitude 7,5 ou superior”, disse o comunicado.

O estudo foi publicado em novembro na revista Science Advances.

Além de Marco, a pesquisa conta com o Dr. Yin Lu, também da Universidade de Tel Aviv, o Prof. Amotz Agnon, da Universidade Hebraica, o Dr. Nicolas Waldmann, da Universidade de Haifa, o Dr. Nadav Wetzler, do Levantamento Geológico de Israel, e o Dr. Glenn Biasi, do Serviço Geológico dos Estados Unidos.

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