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Israel planeja ataque contra plano nuclear do Irã, enquanto Biden indica retomar acordo

O chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel, Aviv Kohavi, pediu três propostas alternativas para inviabilizar o programa nuclear iraniano.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: segunda-feira, 18 de janeiro de 2021 às 11:44
Um caça a jato F-35 na Base Aérea de Nevatim, no sul de Israel, vindo dos Estados Unidos em 14 de julho de 2019. (Imagem: Forças de Defesa de Israel)
Um caça a jato F-35 na Base Aérea de Nevatim, no sul de Israel, vindo dos Estados Unidos em 14 de julho de 2019. (Imagem: Forças de Defesa de Israel)

As Forças de Defesa de Israel estão traçando planos para um ataque ao programa nuclear do Irã, conforme noticiou o jornal Israel Hayom na última quinta-feira (14) em um artigo de primeira página.

O jornal disse que o chefe de gabinete das Forças de Defesa de Israel, Aviv Kohavi, pediu três propostas alternativas para inviabilizar o programa de Teerã. Sem entrar em detalhes, ele indicou apenas que uma das propostas é um ataque militar, observando que tal plano exigiria um aumento orçamentário significativo para os militares israelenses.

O Irã retomou o enriquecimento de urânio para 20% na semana passada, bem acima do limite estabelecido em seu acordo nuclear de 2015 com potências mundiais e um curto salto técnico do nível de enriquecimento de 90% necessário para produzir armas.

A notícia dada pelo Israel Hayom veio um dia depois que o ministro do Likud, Tzachi Hanegbi, considerado um aliado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ameaçou que Israel poderia atacar o programa nuclear do Irã se os Estados Unidos voltassem ao acordo nuclear, como o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, indicou que planeja fazer.

“É claro que não permitiremos. Já fizemos duas vezes o que precisava ser feito, em 1981 contra o programa nuclear do Iraque e em 2007 contra o programa nuclear da Síria”, disse ele, referindo-se aos ataques aéreos aos reatores nucleares desses dois países.

Contextualização

O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, com o novo presidente eleito Joe Biden como seu vice-presidente, assinou o acordo nuclear iraniano com potências mundiais em 2015. O governo Trump retirou-se do acordo em 2018 e pressionou o Irã com sanções econômicas paralisantes e outras medidas.

Obama assinou o acordo apesar dos protestos ferozes de Israel, e tinha um relacionamento difícil com Jerusalém e Netanyahu, enquanto o primeiro-ministro e Trump estavam em pé de igualdade na maioria das questões políticas do Oriente Médio.

Biden deve adotar uma abordagem mais conciliatória com o Irã e disse que, caso a nação árabe retorne aos termos do acordo nuclear, ele também se reunirá, removendo as sanções econômicas que devastaram a economia iraniana nos últimos dois anos.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou que deseja negociar de forma mais ampla com Teerã se Washington voltar ao acordo, principalmente sobre seus mísseis e sua influência no Oriente Médio. O Irã disse que poderia saudar o retorno dos americanos ao acordo, mas somente depois de suspender as sanções. Ele rejeitou a negociação sobre outras questões.

O Irã e o governo Trump têm se envolvido em uma troca contínua nos últimos meses, enquanto o governo Trump chega ao fim e o Irã marcou o aniversário de um ano do assassinato de seu general Qassem Soleimani pelos EUA.

As idas e vindas incluíram ameaças, manobras militares, ações legais e crescentes violações iranianas do acordo nuclear.

Para complicar ainda mais os planos do governo Biden de se engajar novamente em Teerã, houve dois assassinatos de alto perfil neste ano no Irã, atribuídos a Israel. O principal cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh foi morto a tiros fora de Teerã em novembro em um ataque que autoridades iranianas atribuíram a Israel. Em agosto, agentes israelenses mataram o segundo em comando da Al-Qaeda em Teerã a mando dos EUA, de acordo com uma reportagem do New York Times.

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