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Israel

Ben & Jerry's é acusada de ‘antissemitismo’ ao parar vendas em assentamentos israelenses

A Ben & Jerry's justificou que suspenderá as vendas nos “territórios palestinos ocupados” diante das queixas de fãs e parceiros da empresa.

Fonte: Guiame, com informações do HaaretzAtualizado: terça-feira, 20 de julho de 2021 às 11:44
Potes de sorvete Ben & Jerry's, marca da Unilever, em sua loja em Londres. (Foto: Reuters/Hannah McKay)
Potes de sorvete Ben & Jerry's, marca da Unilever, em sua loja em Londres. (Foto: Reuters/Hannah McKay)

A Ben & Jerry's anunciou na segunda-feira (19) que irá encerrar as vendas de sorvete nos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Com isso, líderes israelenses passaram a questionar se a empresa americana estaria se rendendo ao “antissemitismo”.

Em seu anúncio, a Ben & Jerry's explicou que chegou à decisão de suspender as vendas nos “territórios palestinos ocupados” diante das queixas de fãs e parceiros da empresa.

“Embora a Ben & Jerry's não seja mais vendida nos territórios palestinos, ficaremos em Israel por meio de um acordo diferente. Compartilharemos uma atualização sobre isso assim que estivermos prontos”, informou a empresa.

Em sua declaração, a Ben & Jerry's também disse que não renovará seu contrato com a empresa licenciada, que fabrica o sorvete em Israel e faz sua distribuição na região.

Com sede em Vermont (EUA), a Ben & Jerry's tem se associado a valores progressistas nos últimos anos, com forte apoio ao movimento Black Lives Matter e grupos LGBTQ+. Mas, até agora, a empresa ainda não havia se posicionado sobre os assuntos israelense-palestinos. 

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, repreendeu duramente a decisão da Ben & Jerry’s, dizendo que a empresa decidiu se autodenominar como um “sorvete antissemita”. 

“Existem muitas marcas de sorvete. Mas só temos um país”, disse Bennett.

“Esta é uma decisão moralmente errada e acredito que também acabará sendo um erro comercial. O boicote a Israel — uma democracia cercada por ilhas terroristas — reflete uma completa perda de caminho. O boicote não funciona e não funcionará e vamos combatê-lo com todas as nossas forças”, finalizou o premiê de Israel.

O ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, considerou a decisão da Ben & Jerry's, como uma “rendição vergonhosa” ao BDS (movimento de boicote a Israel) e ao antissemitismo. 

Em um comunicado, Lapid disse ainda que a decisão da Ben & Jerry's é “uma decisão discriminatória e imoral que isola Israel, prejudica israelenses e palestinos e dá espaço para grupos extremistas e criminosos. Essa decisão não apenas deixa de promover a paz e a solução do conflito, mas fortalece os oponentes da reconciliação entre os dois povos e aqueles que clamam pela destruição do Estado de Israel.”

O Ministério das Relações Exteriores de Israel também censurou a Unilever, empresa dona da Ben & Jerry's, por não se posicionar moralmente sobre o assunto. A Unilever Israel disse estar ciente da decisão da empresa de sorvetes e esclareceu que “não tem conexão com a marca Ben & Jerry's em Israel”.

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