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Israel

Arqueólogo encontra tábua hebraica conectada às ‘bênçãos e maldições’ de Josué

Arqueólogos descobriram uma tábua com inscrição de maldições, que pode ter conexão com a história bíblica.

Fonte: Guiame, com informações do Jerusalem PostAtualizado: sexta-feira, 25 de março de 2022 às 16:56
Inscrição de maldição antiga foi descoberta durante escavações no Monte Ebal. (Foto: Divulgação/Biscuit Media Group)
Inscrição de maldição antiga foi descoberta durante escavações no Monte Ebal. (Foto: Divulgação/Biscuit Media Group)

O livro de Deuteronômio (Dt 27:15-26) relata uma passagem em que Moisés instruiu os levitas a lerem a lista de maldições do topo do Monte Ebal, caso Israel se desviasse dos caminhos de Deus. Mais tarde, Josué construiu um altar ao Senhor no mesmo monte, e leu as mesmas bênçãos e maldições (Js 8:34).

Nesta quinta-feira (24), os Associados para Pesquisa Bíblica (ABR, na sigla em inglês) anunciaram a descoberta de uma maldição recuperada em uma pequena tabuinha de chumbo encontrada no Monte Ebal.

Na tradução em inglês de 23 palavras da inscrição, a palavra “maldição” aparece 10 vezes e a palavra “YHWH” aparece duas vezes:

“Amaldiçoado, amaldiçoado, amaldiçoado — amaldiçoado pelo Deus YHW.
Você vai morrer amaldiçoado.
Amaldiçoado você certamente morrerá.
Amaldiçoado por YHW  — amaldiçoado, amaldiçoado, amaldiçoado.”

A antiga inscrição hebraica consiste em 40 letras e é séculos mais antiga do que qualquer inscrição hebraica conhecida do antigo Israel.

O amuleto, conhecido como defixio ou tábua da maldição, veio à tona em dezembro de 2019, quando Scott Stripling, diretor de escavações da ABR e diretor do Instituto de Estudos Arqueológicos do Seminário Bíblico em Katy, no Texas, liderou uma equipe para peneirar o material descartado de escavações realizadas entre 1982 e 1989 pelo falecido professor de arqueologia da Universidade de Haifa, Adam Zertal, que descobriu o altar de Josué no Monte Ebal, na Cisjordânia.

Stripling formou uma colaboração com quatro cientistas da Academia de Ciências da República Tcheca e dois epígrafes (especialistas em decifrar textos antigos): Pieter Gert van der Veen de Johannes Gutenberg-Universität Mainz e Gershon Galil da Universidade de Haifa.

“Esses tipos de amuletos são bem conhecidos nos períodos helenístico e romano, mas a cerâmica escavada por Zertal datava da Idade do Ferro I e da Idade do Bronze Final, então logicamente a tabuinha derivou de um desses períodos anteriores. Mesmo assim, nossa descoberta de uma inscrição do final da Idade do Bronze me surpreendeu”, disse Stripling.

Um artigo acadêmico revisado por pares está em andamento e será publicado no final de 2022. 

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