ENEM: mas, também, contudo, todavia...

ENEM: mas, também, contudo, todavia...

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:10

 

A paz!
 
No último final de semana aconteceram as provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), autointitulado o maior vestibular do Brasil. Uma maratona de dois dias de provas multidisciplinares para jovens de todo o país em busca de vagas em universidades e certificações de conclusão do ensino médio.
 
Foram cerca de 5,7 milhões de estudantes inscritos mas cerca de 1.6 milhões não compareceram ao exame. As mulheres foram maioria (54%) porém ganham menos que os homens quando adentram o mercado de trabalho, mesmo que ocupando os mesmos cargos. Os não brancos (afrodescendentes, pardos, indígenas, orientais) respondem por 58,2% das inscrições, todavia são os que ainda ocupam o menor número de cargos de chefia nas grande organizações públicas e privadas.
 
Mais de 70 instituições de ensino superior se utilizarão das notas do ENEM como forma de classificar os alunos para suas vagas, promovendo a tão sonhada inclusão social dos menos favorecidos nos bancos das universidades públicas. Contudo, esses mesmos alunos que adentram as portas das universidades gratuitas quase não tem nenhum apoio ou subsídio para completar os 04, 05 ou 06 anos que terão que cursar, gastando com livros, cópias, material, transporte, etc.
 
A maior parte deles também viveu a agonia da escola pública no ensino médio. Falta de capacitação dos professores, escolas precárias e sem a infraestrutura necessária, insegurança, conteúdo programático defasado, aprovação compulsória e muitos outros problemas.
 
É com essas condições precárias que a sociedade cobra dos jovens de 16, 17, 18 anos, em sua maioria, que tomem a decisão de qual carreira querem seguir em suas vidas, qual profissão querem exercer, qual curso e qual faculdade querem estudar. Jovens que não foram orientados a conhecer sua personalidade, seus interesses, suas habilidades e prioridades. Portanto, suas escolhas são na maioria das vezes feitas por modismos, imposições ou “achismos”.
 
Entretanto, como bom brasileiro que sou não desisto nunca e creio sempre na evolução do nosso país. Creio que a modernização do nosso sistema de ensino seja inevitável e que também as formas de avaliação se tornem mais justas e democráticas.
 
Deus nos abençoe
 
 
por Marcelo Palma
facebook.com/MarceloPalmaPersonalCoach
www.marcelopalma.com.br

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