O músico cristão, enfrenta com frequência um grande dilema: se pretende ganhar a vida com sua arte, precisa se tornar gospel. Caso contrario, poderá ser taxado de rebelde, mundano, profano, pagão, entre tantas outras coisas. Para dificultar, poucas igrejas compreendem e encorajam a profissionalização nesta área.
É indiscutível o fato de que a igreja tem importante papel no desenvolvimento musical de varias pessoas. Muitos músicos que atingiram a fama ou não, tiveram seu primeiro contato com a musica dentro de uma igreja. Alguns exemplos;
O triste é observar que muitos desses artistas se perderam, se perdem e se perderão simplesmente por não caberem na caixinha da religião. Mas o que acontece com aqueles que teimam em manter a fé e o exercício de sua profissão?
Hoje a música gospel atende a uma demanda do mercado, é um produto altamente consumido. Possui características próprias, jargões, frases de efeito, temas da moda, hits, pop stars, e todos os demais clichês das outras vertentes musicais.
O compromisso da indústria da música gospel é com o mercado e não com o Reino. É irônico que o cristão não possa tocar fora da igreja, mas possa se curvar a Mamon dentro da mesma. E para piorar sempre existe uma boa explicação religiosa. A velha mania de fazermos nossas vontades em nome de Jesus.
Esta na hora das bandas cristãs deixarem de ser versões gospel e ultrapassada de bandas seculares. Na verdade já passou da hora dos artistas cristãos se tornarem relevantes dentro da sociedade.
Enquanto a música cristã estiver presa ao rótulo gospel, jamais será de vanguarda.
Aquele que é nascido de novo tem o privilégio de enxergar o mundo e a vida a partir de uma cosmovisão diferente. O artista cristão tem a honra e a responsabilidade de manifestar na sua arte a perspectiva da eternidade, no dia que se chama hoje.
Encerro com uma citação que sintetiza bem a ideia desse texto:
A melhor arte não diz às pessoas no que crer, mas permite, por um instante, que vejam as coisas de um modo diferente, e o cristão pode permitir às pessoas vislumbrar, por um momento, o mundo por meio de olhos que foram tocados por Cristo. Steve Tuner
TURNER, Steve Cristinismo Criativo? Uma visão para o cristianismo e as artes, pag.150 São Paulo: W4 Editora, 2006.
Por: Josué Camargo é paulistano graduando em música e vocalista da Redenção Tribal
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