Extremistas desistem de atacar pastor após serem impactados por testemunho, em Bangladesh

Uma multidão de extremistas hindus e muçulmanos estavam acusando um pastor de manipular as pessoas, mas o testemunho de uma mulher o livrou.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 8 de junho de 2018 às 13:57
Extremistas em Bangladesh. (Foto: atimes.com)
Extremistas em Bangladesh. (Foto: atimes.com)

Uma mulher em Bangladesh salvou um pastor de uma multidão enfurecida de muçulmanos e hindus que o acusavam de converter pessoas à sua igreja, testemunhando como ela foi transformada por Jesus Cristo.

Bruce Allen, da organização "Forgotten Missionaries International", disse à "Mission Network News" que a mulher - que não teve seu nome revelado por motivos de segurança - se aproximou da multidão na aldeia perto da fronteira com a Índia e disse que ela convidou o pastor, chamado Paul, para evangelizar naquela aldeia, porque um dia ela também foi transformada pela mensagem que ele pregou.

"Eu sei que há pessoas que querem saber a verdade sobre Deus. Eu quero que eles experimentem o perdão que encontrei em Jesus Cristo", disse a mulher à multidão. "Eu quero que minha família, meus amigos, meus vizinhos tenham o poder para a vida diária que Jesus provê através de Seu Espírito Santo. A transformação da vida".

Allen explicou que a multidão ficou "perplexa" com o testemunho, pois isso ia contra as acusações de que o pastor estava manipulando ou subornando pessoas para irem à sua igreja.

"Esta foi realmente uma atitude importante que a mulher decidiu tomar dentro de sua própria comunidade", disse Allen.

Ele revelou que seu grupo missionário está procurando ajudar evangelistas e plantadores de igrejas em partes rurais de Bangladesh a alcançar mais pessoas que estão procurando ouvir o Evangelho.

"Eles estão lá, eles estão clamando e dizendo 'Por favor, nos alimentem, por favor, cuide de nós'. E assim, a "Forgotten Missionaries International" adoraria poder apoiar mais plantadores de igrejas nesses lugares de acesso criativo e de difícil acesso", observou Allen.

Os cristãos enfrentaram vários ataques ao longo dos anos na maioria islâmica de Bangladesh, onde eles são uma minoria distinta.

Grupos terroristas radicais, como o Estado Islâmico, também realizaram assassinatos, incluindo a morte de um homem cristão, um jardineiro de sua igreja, em 2016.

O Mons. Theotonius Gomes, o bispo emérito de Dhaka, disse na época que os cristãos estão enfrentando perigos crescentes de grupos fanáticos islâmicos que querem matar os "incrédulos".

"Estamos conscientes, preocupados, mas não alarmados. Grupos fanáticos estão espalhando a morte, mas esperamos que o governo possa controlá-los. As atividades pastorais e sociais da Igreja continuam, apesar disso tudo", disse o bispo.

Blogueiros ateus e escritores também foram atacados e mortos. A Anistia Internacional pediu ao governo que faça mais para proteger as minorias não-islâmicas no país.

"Alguns desses assassinatos foram reivindicados por extremistas - mas eles foram beneficiados pela passividade da lei, que falhou em processar qualquer um deles", disse Abbas Faiz, pesquisador da Anistia Internacional em Bangladesh.

"A impunidade prevalente em todos esses casos continua a enviar uma mensagem de que tais ataques são tolerados pelas autoridades. Acabar com a impunidade e garantir proteção para aqueles em risco deve ser uma prioridade para as autoridades de Bangladesh".

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